Ataques contra igrejas cristãs no Iraque ao serviço duma estratégia de terror, segundo
o Núncio Apostolico no país
Quatro pessoas morreram ontem no Iraque, na sequência de uma série de ataques contra
Igrejas cristãs em Bagdad e Kirkuk, 250 quilómetros a norte da capital. Várias bombas
rebentaram no dia mais importante para as comunidades cristãs, uma das quais junto
à Nunciatura apostólica no país.
O representante do Papa no Iraque, D. Fernando
Filoni, já referiu à Rádio Vaticano que estes atentados servem uma “estratégia de
terror”, destinada a “desestabilizar o país”. Nesse sentido, deixou votos de uma “são
convivência civil” entre todos os componentes da sociedade iraquiana.
Os atentados
contra lugares de culto cristãos não são novidade e já em 2004 se tinha verificado
uma onda de violência semelhante à deste Domingo, com dezenas de mortos e centenas
de feridos.
A comunidade cristã no Iraque é uma pequena minoria, de cerca de
3% da população do país, pertencendo sobretudo à Igreja caldeia, fiel ao Vaticano
e com uma grande tradição, dado que os seus fiéis ainda hoje celebram em aramaico,
a língua de Jesus.