"DEUS CARITAS EST" MUITO BEM RECEBIDA POR TODA PARTE
São Paulo, 26 jan (RV) - A opção de Bento XVI, de tratar do amor em sua primeira
encíclica mereceu elogios de religiosos, filósofos e teólogos de toda parte. No Brasil,
não foi diferente.
Para o Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo de São Paulo, "a
primeira carta encíclica de Bento XVI trata do amor e de sua fonte, que é Deus". "Então,
nós pedimos que esse amor de Deus se faça presente nesta cidade e que nós saibamos
amar uns aos outros" _ acrescentou.
Luiz Felipe Pondé, filósofo e professor
de Teologia e de Ciências da Religião da PUC-SP, por sua vez, ponderou: "É um bom
conceito teológico para começar oficialmente um papado. Isso passa uma boa imagem.
Falar de amor é falar da preocupação com o outro. Falar de amor é lembrar que Deus
tende a ser compreensivo."
Fernando Altemeyer, professor de Teologia da PUC-SP
disse: "Acho bonito fazer um encíclica sobre o amor. Isso é raro. Normalmente as encíclicas
são como programas de governo, definem prioridades."
Já o teólogo suíço, Hans
Küng, observou: "A encíclica esquece questões-chaves sobre caridade e justiça na Igreja
Católica, como em relação aos casais que usam anticoncepcionais, aos divorciados que
voltam a se casar, ao clero protestante e anglicano. Joseph Ratzinger seria um grande
papa se, a partir de suas palavras justas e importantes sobre o amor, aceitasse que
elas implicam conseqüências valiosas sobre as estruturas da Igreja. Poder-se-ia esperar
que além da Congregação para a Doutrina da Fé houvesse também uma congregação do amor."
Denis
Vienot, Presidente da Caritas Internacional também se manifestou: "Esperávamos uma
encíclica sobre temas como o ecumenismo e o diálogo inter-religioso. Ela constituiu
um extraordinário chamado a comprometer-se com a sociedade. Deus caritas est (Deus
é amor) lembra que a Igreja deve lutar pela justiça social." (MZ)