BISPOS MEXICANOS RECORDAM QUE MIGRAR É UM DIREITO HUMANO
Cidade do México, 27 jan (RV) - A Comissão de Cultura da Conferência Episcopal
Mexicana divulgou, nesta quinta-feira, as conclusões de seu terceiro Congresso Nacional,
sobre o tema: "Migrações, multiculturalidade e pastoral da cultura".
O evento
realizou-se num momento de tensão, por causa da iniciativa do Congresso norte-americano
de fazer construir um muro, ao longo da fronteira com o México, para impedir a imigração
ilegal para o seu território.
As conclusões do congresso articulam-se em seis
pontos: no primeiro, "os bispos mexicanos expressam seu apoio e acompanhamento aos
migrantes mexicanos que buscam melhores condições de vida".
"Os migrantes latino-americanos
_ afirmam os bispos _ não podem ser vistos como delinqüentes ou criminosos, não obstante
a situação jurídica irregular em que se encontram nos países estrangeiros. Todos devem
ser tratados com dignidade e justiça."
A solução para essa realidade humana,
muitas vezes dramática, "não pode ser tomada de maneira unilateral, por uma Nação,
nem tampouco com medidas simplesmente restritivas e de força" _ afirmam os bispos.
A
Conferência Episcopal Mexicana considera que "é importante criar melhores condições
de desenvolvimento nos países tidos como subdesenvolvidos, para evitar o êxodo de
seus cidadãos por falta de trabalho e de suficientes recursos econômicos".
"A
migração _ concluem os prelados _ é, primeiramente, expressão de um direito humano,
que pode, contudo, se tornar manifestação de pobreza e de desigualdade social." (BF)