A defesa da vida é a nova fronteira da "questão social", salientou Bento XVI na audiencia
aos dirigentes da associação cristã dos trabalhadores italianos.
A defesa da vida é a nova fronteira da questão social e a tutela da vida, desde a
concepção ao seu termo natural e onde quer que seja ameaçada, ofendida e espezinhada,
é o primeiro dever de uma ética da solidariedade autentica. Foi o que afirmou Bento
XVI recebendo em audiência no Vaticano os dirigentes da associação cristã dos trabalhadores
italianos, na conclusão das celebrações por ocasião dos 60 anos desta associação.
No seu discurso o Papa enfrentou a questão do trabalho que definiu “no centro de mudanças
rápidas e complexas. Ela – salientou - não cessa de interpelar a consciência humana
e exige que não se perca de vista o principio fundamental que deve orientar qualquer
opção concreta . É a pessoa, o metro da dignidade do trabalho: por isso o Magistério
da Igreja colocou em primeiro plano a dimensão humana da actividade laboral reduzindo-a
á sua verdadeira finalidade, sem esquecer que a coroação do ensinamento bíblico sobre
o trabalho é o mandamento do repouso. Exortando a associação cristã dos trabalhadores
italianos á fidelidade á própria inspiração original ( isto é, fidelidade á democracia,
aos trabalhadores e á Igreja) o Papa recordou que a 1 de Maio de 1955, precisamente
em resposta á solicitação das associações cristãs dos trabalhadores italianos, Pio
XII instituíra a festa de São José operário, para indicar a todos os trabalhadores
do mundo o caminho da santificação pessoal mediante o trabalho, e restituir assim
á fadiga quotidiana a perspectiva de uma autentica humanização.