O compromisso ecumenico é uma prioridade do seu pontificado, afirmou Bento XVI recebendo
em audiencia no Vaticano os membros da comissão preparatoria da III assembleia ecuménica
europeia. Para o Papa a Europa precisa de redescobrir as suas raizes cristãs
Recebendo em audiência no Vaticano os membros da comissão preparatória da III assembleia
ecuménica europeia Bento XVI voltou a afirmar que a unidade dos cristãos é um compromisso
prioritário do seu pontificado e salientou que para tornar frutuoso o processo de
unificação já iniciado, a Europa precisa de redescobrir as suas raízes cristãs dando
espaço aos valores éticos que fazem parte do seu vasto e consolidado património espiritual. Toca
a nós discípulos de Cristo - observou – a tarefa de ajudar a Europa a tomar consciência
desta sua peculiar responsabilidade no seio dos povos. Mas antes de mais para o Papa
é necessário tornar mais conscientes os cristãos dos nossos países acerca do dever
de testemunhar a fé no actual contexto cultural, muitas vezes caracterizado pelo relativismo
e indiferença. Contudo, segundo Bento XVI, a presença dos cristãos será incisiva
e iluminante somente se houver a coragem de percorrer com decisão o caminho da reconciliação
e da unidade. A vossa visita - disse de facto o Papa aos representantes da comissão
ecuménica - é uma nova ocasião para pôr em realce os laços de comunhão que nos ligam
a Cristo, e renovar a vontade de trabalhar juntos para que quanto antes se chegue
á plena unidade. Vós - disse depois o Papa – quisestes iniciar a peregrinação ecuménica
europeia, que terá o seu momento culminante na assembleia de Sibiu na Roménia em Setembro
de 2007, precisamente aqui em Roma, onde tiveram lugar a pregação e o martírio dos
apóstolos Pedro e Paulo. E isto é muito significativo porque os Apóstolos foram os
primeiros que nos anunciaram aquele Evangelho que, como cristãos, somos chamados a
proclamar e testemunhar á Europa de hoje. E precisamente para dar maior eficácia
a este anuncio, afirmou o Papa, queremos proceder com coragem no caminho da procura
da plena comunhão. Este esforço - explicou Bento XVI - é pedido a todos, porque todos
temos uma responsabilidade especifica pelo que diz respeito ao caminho ecuménico
dos cristãos no nosso continente e no resto do mundo. A experiência mostra
amplamente que o diálogo sincero e fraterno gera confiança, elimina o medos e preconceitos,
supera as dificuldades e abre ao confronto sereno e construtivo