2006, um ano de grandes empenhos para o ecumenismo
A celebração presidida por Bento XVI no próximo dia 25 de Janeiro, na Basílica de
São Paulo fora de muros, com a presença de representantes das Igrejas e Comunidades
eclesiais cristãs de Roma é apenas a ponta do icebergue de um ano que promete ser
muito importante para o diálogo ecuménico.
O Papa presidirá à celebração das
II Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo, na conclusão da semana de oração
pela unidade dos Cristãos. Nesta altura é possível perceber que a agenda ecuménica
continuará preenchida para além deste oitavário de oração.
A comissão mista
internacional par ao diálogo entre Católicos e Ortodoxos deverá reunir-se em Setembro,
após um interregno de vário anos. O tema teológico em cima da mesa será a autoridade
na Igreja e o primado do Papa.
Quanto ao diálogo entre Católicos e Luteranos,
aguarda-se a conclusão de um documento sobre a “apostolicidade na Igreja”, relativo
à continuidade do ensinamento e da tradição da Igreja desde os Apóstolos.
Para
Julho espera-se uma declaração conjunta Católico-Metodista sobre o reconhecimento
da presença da Igreja de Deus em cada uma. O Conselho Metodista Mundial deve votar,
nesse mesmo mês, a adopção forma da declaração conjunto Católico-Luterana de 1999,
sobre a justificação.
Também no diálogo dos Católicos com as Igrejas Pentecostais
se espera a publicação de um documento sobre o que cada uma entende ser o “Baptismo
do Espírito Santo” e o seu papel na salvação de cada Cristão.
Espera-se ainda
que a Comissão conjunta católico-anglicana para a Unidade e a Missão venha a retomar
os seus trabalhos numa data próxima. Os trabalhos deste importante organismo ecuménico
tinham sido suspensos em 2003 após a ordenação de um Bispo homossexual na Igreja Episcopaliana
(ramo anglicano nos EUA) e da decisão da Igreja Anglicana no Canadá de abençoar uniões
homossexuais. Neste momento há um outro elemento que pode dificultar o diálogo: a
anunciada decisão de haver ordenações episcopais de mulheres na Igreja Anglicana.