Para o cristão é suficiente ser discipulo de Cristo. A amizade com o Mestre assegura
á alma paz profunda e serenidade, salientou Bento XVI antes da recitação do Angelus.
O Papa pediu que os imigrantes não sejam nem descriminados nem desprezados
Nas palavras proferidas este domingo antes da recitação do Angelus com os fiéis congregados
na Praça de São Pedro Bento XVI falou do tempo ordinário do ano litúrgico iniciado
com a celebração do Baptismo do Senhor, salientando que a beleza deste tempo está
no facto que nos convida a viver a nossa vida de cada dia como um itinerário de santidade,
isto é, de fé e de amizade com Jesus continuamente descoberto e redescoberto como
Mestre e Senhor, Caminho, Verdade e Vida do homem. E é aquilo que na liturgia deste
domingo nos sugere o Evangelho de João, apresentando-nos o primeiro encontro de Jesus
com alguns daqueles que serão seus apóstolos. O Papa acrescentou que esta pagina evangélica
nos fornece uma indicação fundamental para o novo ano que queremos que seja um tempo
no qual renovar o nosso caminho espiritual com Jesus, na alegria de o procurar e encontrar
incessantemente. De facto a alegria mais verdadeira está na relação com Ele, encontrado,
seguido, conhecido, amado, graças a uma tensão continua da mente e do coração. Para
o cristão, salientou Bento XVI – é suficiente ser discípulo de Cristo. A amizade
com o Mestre assegura á alma paz profunda e serenidade também nos momentos escuros
e nas provações mais árduas. Procurar e encontrar Cristo, fonte inexaurível de
verdade e de vida: a palavra de Deus - disse o Papa a concluir - convida-nos a retomar
no inicio de um novo ano, este caminho de fé nunca concluído. Para o crente é
sempre uma procura incessante e uma nova descoberta, porque Cristo é o mesmo, ontem,
hoje e sempre, mas nós, o mundo, a história, nunca somos os mesmos, e Ele vem ao nosso
encontro para nos dar a sua comunhão e a plenitude da sua vida. Peçamos á Virgem Maria
que nos ajude a seguir Jesus saboreando cada dia a alegria de penetrar cada vez mais
no seu mistério. -Depois da recitação do Angelus o Papa recordou que hoje
se celebra o dia mundial do migrante e do refugiado, salientando que as migrações
constituem um fenómeno bastante difuso no mundo actual: são um sinal dos tempos
“Tal fenómeno apresenta-se muito variegado: de facto a migração pode ser voluntária
ou forçada, legal ou clandestina, por motivos de trabalho ou de estudo. Se dum lado
se afirma o respeito das diversidades étnicas e culturais, do outro permanecem dificuldades
de acolhimento e de integração. A Igreja convida a colher o lado positivo que este
sinal dos tempos traz consigo, vencendo todas as formas de descriminação, de injustiça
e de desprezo da pessoa humana, porque cada homem é imagem de Deus.