2006-01-13 16:22:15

Mais de 6 milhões de pessoas passaram pelo Vaticano entre a morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI; mas nesse periodo não se registaram crimes


As autoridades judiciais do Vaticano não receberam nenhuma denúncia relativa a qualquer crime durante as enchentes de Abril de 2005, altura em que mais de seis milhões de pessoas passaram pelo pequeno Estado entre a morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI.

O "promotor de justiça" do Vaticano, Nicola Picardi, classificou estes factos como algo de “extraordinário”, dado estarmos na presença de um aglomerado de milhões de pessoas que chegavam e partiam, reunidas num espaço exíguo, de 2 de Abril, dia em que morreu João Paulo II, a 24 de Abril de 2005, data do início solene do novo pontificado.

Em 2005 tiveram lugar no Estado da Cidade do Vaticano - com 0,439 quilómetros quadrados e 492 habitantes -, 486 procedimentos civis e 472 procedimentos penais, segundo referiu Picardi, na cerimónia de abertura do ano judicial no Vaticano, esta manhã. A cerimónia contou com a presença do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado, em representação do Papa.

Estes procedimentos não se referem apenas aos habitantes do Estado, mas também aos milhões de peregrinos que passam na Cidade do Vaticano, na Basílica de São Pedro e nos Museus.

Além de vários furtos, a lista de crimes aponta desvios de fundos, fraudes e insultos às autoridades, não havendo notícia de crimes graves.

110 Guardas Suíços e 130 membros do “Corpo de vigilância” do Vaticano partilham a vigilância e as preocupações com a segurança do Papa e do Estado. Na Praça de São Pedro, a segurança é assegurada pela polícia italiana.

O poder judicial no Vaticano é exercido, em nome do Papa, pelos órgãos constituídos segundo o ordenamento jurídico do Estado: um magistrado, um tribunal de primeira instância, um tribunal de segunda instância e um tribunal supremo.








All the contents on this site are copyrighted ©.