Ameaça do terrorismo internacional preocupa procurador geral de justiça do Vaticano
que defende adesão ao Tratado de Schengen.
Pelo terceiro ano consecutivo, o “promotor de Justiça” do Estado da Cidade do Vaticano,
Nicola Picardi, defendeu a adesão ao Tratado de Schengen, considerando que o mesmo
permitiria fazer frente, com mais eficácia, à ameaça do terrorismo internacional.
Picardi
apresentou a sua sugestão na inauguração do 77º ano judicial do Estado da Cidade do
Vaticano, esta manhã, na presença do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado,
em representação do Papa, e dos mais altos representantes da magistratura italiana.
Para
o procurador geral do Vaticano, os acordos de Schengen seriam um precioso instrumento
para intensificar “a troca de informações, operações comuns, iniciativas repressivas
e preventivas, tendo em vista a segurança das pessoas”.
O sistema entre os
Estados aderentes (SIS) entrou já na sua segunda fase e, para Picardi, “as cláusulas
do acordo relativas ao reforço da cooperação jurídica e policial parecem particularmente
interessantes”.
As normas do Tratado de Schengen regulamentam a livre circulação
de pessoas no interior do espaço dos países signatários. Fixa ainda disposições relativas
à entrada e permanência de curta duração dos estrangeiros, à cooperação policial e
à entreajuda judicial, procurando adoptar as medidas necessárias para combater, em
particular, o terrorismo e o crime organizado.