BISPOS PORTUGUESES PREOCUPADOS COM O PROJETO DE LEI SOBRE FEDUNDAÇÃO ARTIFICIAL
Lisboa, 11 jan (RV) - O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa
acaba de publicar uma nota sobre a fecundação artificial, na qual aponta uma série
de "limites" ao projeto de lei que regulamentará essa prática em Portugal.
"Este
método deve respeitar o direito da criança que irá nascer, como fim em si mesma e
não como resultado de um direito paterno ou materno sem limites" _ indicam os bispos.
Entre as preocupações do Episcopado português estão a destruição de embriões, o recurso
a "barrigas de aluguel" e a utilização dessas técnicas por casais homossexuais.
A
nota episcopal afirma que as técnicas de fecundação artificial devem ser reservadas
a casais heterossexuais, "para assegurar o dever ético de oferecer ao novo ser, um
homem como pai e uma mulher como mãe".
Os bispos lembram que o embrião é "uma
vida humana dotada de dignidade" e, de modo nenhum, esses embriões devem ser utilizados
para pesquisas". A nota não faz nenhuma referência a um eventual referendo, defendendo,
pelo contrário, a "necessidade de uma lei que regulamente e estabeleça as fronteiras
entre o cientificamente possível e o eticamente aceitável". (BF)