2006-01-07 20:06:34

A IGREJA LUSÓFONA... O CALVÁRIO DA IGREJA NOS TEMPOS DE GUERRA EM MOÇAMBIQUE E ANGOLA


Especial de Rodrigo Werneck (5)

Roma, 06 jan (RV) - A Igreja atravessou momentos de provação nos países de língua portuguesa.

Terminada em 1990, a guerra civil em Moçambique custou cara para a Igreja local.

O Bispo de Beira, Dom Jaime Pedro Gonçalves, lembra que o governo de orientação marxista ensinava o ateísmo nas escolas e proibiu os jovens de freqüentar igrejas.

Durante 15 anos, dezenas de paróquias foram fechadas, a evangelização foi praticamente interrompida e os missionários estrangeiros tiveram de abandonar o país. RealAudioMP3

Em Angola, por sua vez, a ONU estima que a guerra civil tenha tirado a vida de 25 mil pessoas, entre elas centenas de religiosos.

O conflito terminou somente em 2001 e, até então, o trabalho de evangelização foi prejudicado com a morte e o seqüestro de sacerdotes e missionários estrangeiros. Até um Bispo foi seqüestrado pelos rebeldes da UNITA (União Nacional pela Independência Total de Angola).

O Arcebispo de Luanda, Dom Damião Antonio Franklin, lembra que a guerra impôs principalmente dificuldades de deslocamento para os evangelizadores.

No entanto, as visitas a aldeias e povoamentos continuaram mesmo em meio à guerra, o que aumentou o respeito da população pela Igreja. RealAudioMP3

Hoje, felizmente, as Igrejas em Angola, Moçambique, Timor Leste e Guiné-Bissau têm liberdade para pregar o Evangelho.

Mas a lembrança do passado permanece viva e serve de ensinamento para que a Igreja Católica trabalhe com todas suas forças, para evitar novas violências e abusos contra qualquer crença religiosa ou cidadão. (RW)







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