A IGREJA LUSÓFONA... MISSIONÁRIOS EXERCEM PAPEL FUNDAMENTAL NA IGREJA LUSÓFONA
Especial de Rodrigo Werneck (4)
Roma, 06 jan (RV)
- A língua portuguesa não é o único elo entre as oito nações lusófonas do mundo.
De
maneira praticamente anônima, uma rede de homens e mulheres trabalha integrada nesses
países, para anunciar o Evangelho e ajudar os mais pobres. Esses incansáveis trabalhadores
são os missionários.
O Brasil tem hoje mais de 1 milhão e 800 mil missionários
espalhados pelos cinco continentes, segundo o Conselho Missionário Nacional (COMINA).
E o destino predileto desse grupo são os países de língua portuguesa. Cerca de 400
missionários escolheram as nações lusófonas para trabalhar.
É o caso do leigo
mineiro José Eduardo Pinheiro, que optou colaborar com o trabalho da Igreja em Moçambique,
país onde atuam quase 200 voluntários brasileiros. Eduardo chegou a Moçambique no
ano 2000 e participa atualmente de um programa de evangelização de jovens na capital,
Maputo.
O missionário do grupo "Arautos do Evangelho" conta que decidiu ir
para a África depois de ver pela TV, no Brasil, a destruição causada por uma enchente
em Moçambique.
A casa de formação religiosa de Eduardo leva o Evangelho a um
grupo de 600 moçambicanos, que receberam o Batismo e agora se dedicam à Igreja ou
formam famílias sólidas e estáveis.
Ele destaca a hospitalidade com que são
recebidos os brasileiros nos países lusófonos e comemora os resultados do trabalho
missionário.
Já a religiosa
orionita, Ir. Maria dos Anjos Araújo, de Goiás, trabalha na ilha de Santiago, em Cabo
Verde. Ela está no país há 15 anos e hoje participa de diversos projetos de ensino
religioso e de uma iniciativa da Caritas cabo-verdiana, que prepara jovens para o
mercado de trabalho.
Ir. Maria dos Anjos chama a atenção para o respeito dos
cabo-verdianos em relação aos religiosos brasileiros.
Segundo o
COMINA, a principal tarefa dos missionários brasileiros é a formação das comunidades
cristãs.
O Bispo de Díli, em Timor Leste, Dom Ricardo Alberto da Silva, conta
que os brasileiros têm sido fundamentais no trabalho de evangelização dos timorenses.
(RW)