2006-01-05 17:32:00

A IGREJA LUSÓFONA... OS DIAS DE PROVAÇÃO DA IGREJA LUSÓFONA


Especial de Rodrigo Werneck (2)

Roma, 04 jan (RV) - Portugal foi o centro de um vasto império colonial durante quase cinco séculos. A coroa portuguesa perdeu sua primeira colônia somente em 1822, com a independência do Brasil.

No século passado, Portugal passou por diversas crises e todas as demais colônias também conseguiram sua autonomia política. A conquista da independência por parte desses povos, no entanto, não foi uma garantia imediata de paz e liberdade. Mesmo depois de se livrarem da dominação portuguesa, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste foram palco de sangrentos conflitos étnicos e guerras civis, a partir dos anos 60.

Presente em todos esses países, a Igreja foi testemunha de atrocidades e vítima de perseguições que custaram a vida de fiéis e religiosos. A última Igreja a passar pela provação da guerra foi a de Timor Leste, na Ásia.

Invadido pela Indonésia nos anos 70, Timor Leste conseguiu sua independência apenas em 2002, por meio de um referendo popular. O processo de independência, porém, foi traumático. Milícias pró-Indonésia destruíram cidades inteiras e perseguiram especialmente os católicos, que tiveram de se refugiar nas montanhas.

O Bispo de Díli, Dom Ricardo Alberto da Silva, lembra o drama vivido por religiosos e moradores dos centros urbanos que foram obrigados a fugir, para não ser vítimas de um extermínio. RealAudioMP3

Outro conflito ainda recente é a guerra civil de Guiné-Bissau, um dos países mais pobres do mundo. O confronto entre grupos étnicos, de 1998, destruiu cidades inteiras e, ainda hoje, é praticamente impossível fazer uma ligação para o país que tem o único Bispo brasileiro em missão na África, Dom Carlos Pedro Zili.

O sacerdote guineense, P. Abraão Sambu, da Diocese de Bafatá, conta que a Igreja em Guiné-Bissau serviu de abrigo para milhares de refugiados que eram perseguidos por rebeldes. RealAudioMP3 (RW)








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