Mogadíscio, 02 jan (RV) - Pelo menos dois milhões de somalis estão ameaçados
pela penúria, causada pela escassez das colheitas, pela seca e pelos freqüentes conflitos
pelo controle do território e dos recursos. A denúncia foi feita por uma agência apoiada
pela FAO (Organização das NN.UU. para a Alimentação e a Agricultura), a "Unidade de
Análise de Segurança Alimentar na Somália" (FSAU).
As regiões mais atingidas
são as do sul _ Gedo, Middle Juba e Bakool _ onde as condições da população podem
piorar, se não forem intensificadas as ajudas humanitárias.
O relatório da
FSAU revela que, na Somália, desde julho passado, a produção de cereais foi a mais
baixa dos últimos 10 anos, e isso determinou um drástico aumento nos preços. A situação
foi agravada pelas dificuldades para armazenar os gêneros de primeira necessidade
e pela escassez de água potável.
A tudo isso, se acrescenta, sobretudo na província
de Gedo, a grave desnutrição das crianças, constatada pelos centros sanitários.
O
PAM (Programa Mundial de Alimentos) considerou que, para afrontar essa situação concreta,
seriam necessárias até junho de 2006, 64 mil toneladas de alimentos, e até o momento
estão disponíveis apenas 16 mil. (MZ)