2005-12-23 18:40:01

BENTO XVI ENCONTRA-SE COM A CÚRIA ROMANA PARA OS VOTOS DE NATAL


Cidade do Vaticano, 22 dez (RV) - Realizou-se esta manhã, na Sala Clementina, no Vaticano, o tradicional encontro do Papa com os membros da Cúria romana, para a troca de felicitações natalinas. Após a saudação do Cardeal decano, Angelo Sodano, Bento XVI se dirigiu a seus colaboradores, com um longo discurso partindo justamente do mistério do Natal.

A seguir, recordou os principais eventos deste ano: a morte de João Paulo II, o XX Dia Mundial da Juventude, de Colônia, o Ano da Eucaristia e o Sínodo sobre o mistério eucarístico. Por fim, dedicou amplo espaço ao Concílio Vaticano II no 40º aniversário de sua conclusão.

"Desperta, homem, porque, por você, Deus se fez homem": com esse convite de Santo Agostino a acolher o autêntico sentido do Natal de Cristo, Bento XVI abriu o seu encontro com os colaboradores da Cúria Romana.

"Da humilde gruta de Belém o eterno Filho de Deus, que se tornou um pequeno Menino, se dirige a cada um de nós: nos interpela, nos convida a renascer nele porque, junto a ele, podemos viver eternamente na comunhão da Santíssima Trindade."

A respeito de seu predecessor, Bento XVI sublinhou que "justamente a partir de sua experiência, João Paulo II, refletiu sobre o problema do mal, do mal erigido como sistema, um mal de "proporções gigantescas" como se viu no século passado. Mas eis que "o poder que coloca um limite ao mal _ dizia Papa Wojtyla _ é a misericórdia da Deus". "O cordeiro é mais forte que o dragão."

Bento XVI falou também da extraordinária experiência do Dia Mundial da Juventude de Colônia: mais de um milhão de jovens, olhando para além do cotidiano, se colocaram em busca da verdade, em adoração a Cristo.

"Antes de toda atividade e de toda transformação do mundo, deve existir a adoração. Somente ela nos torna verdadeiramente livres; somente ela nos dá os critérios para o nosso agir. Justamente num mundo no qual progressivamente faltam os critérios de orientação e existe a ameaça que cada um faça de si mesmo o próprio critério, é fundamental ressaltar a adoração."

A propósito do Ano da Eucaristia e do recente Sínodo, o Papa ressaltou que é comovente ver que em todos os lugares na Igreja, está despertando a alegria da adoração eucarística. E justamente nesse ato pessoal de encontro com o Senhor, amadurece depois, também a missão social contida na Eucaristia, e que quer romper as barreiras não somente entre o Senhor e nós, mas também e, sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros.

Sobre o Concílio Vaticano II, o Santo Padre disse que o Concílio, com a nova definição da relação entre fé da Igreja e certos elementos essenciais do pensamento moderno, reviu ou também corrigiu algumas decisões históricas, mas nessa aparente descontinuidade, ao invés, manteve e aprofundou a sua íntima natureza e a sua verdadeira identidade.

Por fim, voltou seu pensamento ao Natal que se aproxima: "O Natal está próximo. O Senhor Deus não se opôs às ameaças da história com o poder exterior, como nós homens, segundo as perspectivas desse nosso mundo, esperávamos. A sua arma é a bondade. Revelou-se como Menino, nascido numa estrebaria. É justamente assim, que contrapõe seu poder, completamente diverso das potências destrutivas da violência. Justamente assim Ele nos salva." (RL)







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