São José homem justo,façamos nosso o seu silêncio num mundo demasiado rumoroso. Este o apelo de Bento XVI antes da recitação do Angelus deste IV Domingo do Advento.

“ São José não é só o pai legal de Jesus, mas sobretudo o modelo do homem justo, do qual Cristo aprendeu, no plano humano, aquela robusta interioridade que um dia ensinará aos seus discípulos” .É sobretudo á figura de São José, exortando a deixar-nos contagiar pelo seu silencio num mundo muitas vezes demasiado rumoroso que Bento XVI dedicou as palavras proferidas este domingo ao meio dia da janela dos seus aposentos antes da recitação da oração mariana do Angelus com os milhares de fiéis congregados na Praça de São PedroNestes últimos dias do Advento – disse o Papa - a liturgia convida-nos a contemplar de maneira especial Maria e São José, que viveram com intensidade única o tempo de espera e de preparação do nascimento de Jesus. E retomando a exortação apostólica de João Paulo II Redemptor Custos – o Custódio do Redentor - fez uma breve reflexão sobre o silencio de São José, salientando que se trata de um silencio permeado de contemplação do mistério de Deus, em atitude de total disponibilidade á vontade divina. Por outras palavras, o silencio de São José não manifesta um vazio interior, mas pelo contrário, a plenitude de fé que ele traz no coração e que guia cada um dos seus pensamentos e acções. Um silêncio graças ao qual, José, em uníssono com Maria, guarda a Palavra de Deus, conhecida através das Sagradas Escrituras, confrontando-as continuamente com as atitudes da vida de Jesus; um silencio tecido de oração constante, oração de bênção do Senhor, de adoração da sua santa vontade, e de entrega sem reservas á sua providencia. Não se exagera se pensarmos que precisamente do pai José, Jesus tenha aprendido - no plano humano – aquela robusta interioridade que é pressuposto da autentica justiça, a justiça superior, que Ele um dia ensinará aos seus discípulos.
Deixemo-nos contagiar pelo silencio de São José! Dele precisamos tanto, num mundo muitas vezes demasiado rumoroso que não favorece o recolhimento e a escuta da voz de Deus. Neste tempo de preparação para o Natal cultivemos o recolhimento interior, para acolher e guardar Jesus na nossa vida.