2005-12-16 17:57:15

EPISCOPADO CONGOLÊS NÃO DÁ INDICAÇÃO SOBRE O VOTO NO REFERENDO CONSTITUCIONAL


Kinshasa, 15 dez (RV) - O Presidente da Conferência Episcopal do Congo (CENCO), Dom Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kisangani, confirmou que a Igreja Católica congolesa não dá nenhuma indicação de voto para o referendo constitucional do próximo domingo.

Numa entrevista coletiva realizada na última terça-feira, Dom Monsengwo Pasinya precisou que os bispos fazem somente um apelo "à consciência dos cidadãos congoleses, a fim de que, cientes da gravidade deste momento, façam uma escolha correta, não ditada por interesses de grupos".

"Por sua própria natureza e missão _ salientou o Arcebispo _ a Igreja não se confunde com nenhum grupo político. Ela é o sinal da salvaguarda da transcendência do homem, dos seus direitos inatos e das suas liberdades fundamentais."

Interpelado sobre posições expressas por algumas organizações e associações católicas a favor ou contra o novo texto constitucional, Dom Monsengwo Pasinya afirmou que cada fiel é livre para expressar suas opiniões, e que a tarefa da Igreja é apenas educar e informar os cidadãos, para ajudá-los na formação de uma opinião.

A Igreja pronunciaria um decisivo "não" apenas se fosse interpelada sobre questões doutrinais, como por exemplo, a possibilidade de casamentos homossexuais, afirmou.

A nova Constituição sobre a qual devem se pronunciar os cidadãos congoleses substitui a provisória, aprovada em 2 de abril de 2003, após os acordos de Pretória, de 2002, sob a tutela da África do Sul, para colocar fim à guerra civil congolesa iniciada em 1998.

Esses acordos previam a formação de um governo de unidade nacional, com a tarefa de adotar uma nova Constituição, e de preparar as eleições gerais após dois anos de sua aprovação. (MZ)







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