2005-12-15 18:42:00

NA AUDIÊNCIA GERAL, BENTO XVI EXORTA O HOMEM A TER CONFIANÇA "EM DEUS QUE NÃO O ABANDONA"


Cidade do Vaticano, 14 dez (RV) - Deus permanece sempre ao lado do homem, até no momento extremo da morte. Foi o ensinamento de Bento XVI, na Audiência Geral desta manhã, falando aos milhares de fiéis e peregrinos, reunidos na Praça São Pedro.

O Papa explicou aos presentes o Salmo 138, que celebra "a onisciência e a onipotência de Deus no espaço e no tempo". Uma ligação única da qual "não se pode subtrair". É isso que une Deus ao homem, à sua criatura. Do primeiro ao último respiro Deus "jamais abandona o homem". A sua "bondade" permanece a seu lado, mesmo nas "noites mais obscuras" da vida.

Não é a primeira vez que os Salmos da Liturgia das Vésperas _ que vêm sendo, há semanas, ponto de partida para a catequese de Bento XVI _ induzem o Papa a enfatizar essa verdade da fé cristã. E o Salmo 138, que canta _ explicou o Pontífice _ a "onisciência de Deus e a sua onipresença no espaço e no tempo" dá um ulterior elemento de reflexão.

"A meditação do Salmista _ observou Bento XVI _ busca, sobretudo, penetrar no mistério do Deus transcendente e, ao mesmo tempo, próximo a nós. A substância da mensagem é linear."

"Deus sabe tudo e se faz presente junto à sua criatura, que não pode subtrair-se a Ele. A sua presença, porém, não é uma presença opressora e de inspeção; é claro, o seu olhar é também um olhar severo em relação ao mal diante do qual não é indiferente. Todavia o elemento fundamental é o de uma presença salvífica, capaz de abarcar todo o ser e toda a história."

O homem que pretendesse subtrair-se da presença divina seria um iludido, prosseguiu o Papa. "Todo âmbito do espaço, até mesmo o mais secreto, contém uma presença ativa de Deus."

"A sua mão está sempre pronta para segurar a nossa, para guiar-nos no nosso itinerário terreno. Portanto, é uma proximidade não de juízo que incute terror, mas de ajuda e de libertação."

Por isso, comentou logo em seguida o Papa, o homem, como um filho, pode abandonar-se ao Pai com plena confiança. "Desse modo _ precisou o Papa _ podemos entender que o conteúdo essencial desse Salmo é um canto de confiança. Deus está sempre conosco. Mesmo nas noites mais obscuras da nossa vida, não nos abandona, mesmo nos momentos mais difíceis da vida permanece presente. E também na última noite, na última solidão, na qual ninguém pode acompanhar-nos, na noite da morte, o Senhor não nos abandona, mas nos acompanha. Por isso, nós, cristãos, podemos estar confiantes: jamais seremos deixados sozinhos. A bondade de Deus não nos abandona." (RL)








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