2005-12-13 15:44:14

Parlamento português distingue Comissão Nacional Justiça e Paz


O Parlamento português entregou esta segunda-feira uma medalha de ouro comemorativas do 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem à Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), pelo trabalho desenvolvido na área social.

Este organismo eclesial, criado há duas décadas pela Conferência Episcopal Portuguesa, com a finalidade genérica de promover e defender os ideais da Justiça e da Paz à luz do Evangelho e da doutrina social da Igreja. A Comissão actua sob sua própria responsabilidade, não vinculando necessariamente a Hierarquia.

Armando Sales Luís, presidente da CNJP, disse na cerimónia de entrega que o mérito do trabalho reside no conjunto de parcerias que a Comissão consegue estabelecer em todas as dioceses, colaborando com “muitos outros organismos, seculares, sociais e religiosos”.

Num balanço do trabalho desenvolvido no último triénio, em que esteve à frente da CNJP, Sales Luís assegura que “quisemos ir ao encontro ‘das mulheres e dos homens de boa vontade’, de todos os que procuram a Justiça e a Paz, independentemente do credo ou religião ou sua ausência, com envolvimento político ou associativo diverso”.

Prémio Direitos Humanos

O Prémio Direitos Humanos 2005 foi atribuído, pelo Parlamento, ao Banco Alimentar Contra a Fome, distinguindo o seu esforço de distribuir alimentos aos mais carenciados.

A atribuição a esta organização governamental do prémio, com um valor pecuniário de 25.000 Euros, foi decidida por unanimidade por um júri constituído no âmbito da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

"É uma organização que, com muita criatividade e trabalho, se dedica a combater a fome no nosso país", realçou o presidente da Comissão, o socialista Osvaldo de Castro, na cerimónia de entrega do prémio, na Assembleia da República.

A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, aproveitou a distinção para relembrar o trabalho desenvolvido pela organização há 13 anos. "Aproveitar onde sobra para distribuir onde falta, é o lema do Banco Alimentar", afirmou Jonet, sublinhando que em Portugal cerca de 20% da população vive abaixo do rendimento mínimo.

Num balanço da actividade, cuja "espinha dorsal" é o trabalho voluntário, Isabel Jonet deu conta que dos armazéns dos dez bancos alimentares contra a fome existentes em Portugal saem diariamente 55 toneladas de alimentos (doados por empresas e particulares), cujo destino maioritário seria a destruição.







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