Cidade do Vaticano, 10 dez (RV) - O Papa Bento XVI recebeu em audiência neste
sábado, no Vaticano, um grupo de 7 mil religiosos e religiosas, membros de Institutos
seculares e de novas formas de vida consagrada presentes na Diocese de Roma.
Realizado
na Sala Paulo VI, o encontro serviu para que o Santo Padre transmitisse uma mensagem
de encorajamento e fé. Bento XVI exortou os religiosos a alimentarem sua fidelidade
a Deus e aos seus respectivos carismas e pediu-lhes que tenham coragem e criatividade
em suas missões.
Joseph Ratzinger iniciou sua reflexão lembrando a importância
dos religiosos serem pobres, castos e obedientes, pois o mundo precisa redescobrir-se
dos seus excessos sóbrio, puro e dócil a Deus. Portanto _ disse _ é grande o valor
que o testemunho religioso pode assumir na Igreja e na sociedade de hoje.
E
este testemunho _ prosseguiu o Papa _ deve deixar na vida cotidiana um sinal de coragem
e de amor por Deus vivido na medida bíblica, que pede "todo o coração", "toda a alma",
"todas as forças" e que vem "antes de qualquer outra pessoa e coisa".
"Não
tenham medo de se apresentar, também visivelmente, como pessoas consagradas, e procurem
de toda forma manifestar a sua pertença a Deus, o tesouro escondido pelo qual deixaram
tudo. Adotem o lema programático de São Bento: 'Nada seja anteposto ao amor de Cristo'."
O
Santo Padre também destacou o serviço desempenhado pelos religiosos da Diocese de
Roma, o qual qualificou como "uma preciosa presença" apesar dos desafios e das dificuldades
com que as missões se deparam.
Neste momentos de adversidade, lembrou o Papa,
o consagrado deve concentrar-se na "fidelidade à oração e à escuta da Palavra de Deus;
no serviço dos homens e das mulheres do nosso tempo; no ensinamento da Igreja, a partir
daquele sobre a vida consagrada; e nos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia,
que nos sustentam nas situações difíceis da vida.
"Perante o avanço do hedonismo,
é pedido a vocês o corajoso testemunho da castidade, como expressão de um coração
que conhece a beleza e o preço do amor de Deus. Perante a sede de dinheiro, suas vidas
sóbrias e colocadas a serviço dos mais necessitados lembram que Deus é a riqueza verdadeira
que não termina. Perante o individualismo e o relativismo, que induzem as pessoas
a serem a única norma de si mesmas, as suas vidas fraternas, capazes de deixar-se
coordenar e capazes de obedecer, confirmam que vocês depositam em Deus a sua realização."
O
Santo Padre terminou sua reflexão com um agradecimento especial aos religiosos pelo
serviço que prestam ao Evangelho, pelo amor aos pobres e sofredores e pela incessante
oração que se eleva dos mosteiros. (RW)