2005-12-07 19:38:05

GOVERNANTES DAS NAÇÕES DEVEM COLOCAR-SE DO LADO DOS POBRES E DOS FRACOS: FOI A EXORTAÇÃO DO PAPA NA AUDIÊNCIA GERAL DE HOJE


Cidade do Vaticano, 07 dez (RV) - A opção pelos pobres, hoje como ontem, é um dever para quem governa um Estado. É um dos trechos mais significativos da catequese de Bento XVI, na Audiência Geral desta manhã. Milhares de fiéis e peregrinos encontravam-se reunidos na Praça São Pedro, sob um sol radiante que finalmente concedeu uma trégua ao mau tempo dos dias passados. No momento das saudações o Papa falou também da vocação ao sacerdócio.

Deus escolhe colocar-se da parte dos pobres e dos últimos da Terra; quem governa as nações que faça o mesmo. Das estrofes do Salmo 137, Bento XVI extraiu uma advertência que dirigiu aos responsáveis pela coisa pública nos dias de hoje, assim como séculos atrás o salmista havia feito com os reis e os potentes de seu tempo.

Dessa composição sacra, que faz parte da Liturgia das Vésperas, o Papa ressaltou também a misericórdia e a bondade que inspiram os sentimentos do Criador para com o homem.

Conceitos comuns a outros salmos de "louvor e de agradecimento", como o Salmo 137, sobre os quais Bento XVI retornou com insistência. Deus _ afirmou ele _ "desfaz as hesitações e os medos" da humanidade, "faz florescer fortaleza e confiança". Mas, sobretudo, reaviva o espírito dos humildes e reanima o coração dos oprimidos.

"Portanto, Deus faz a opção de posicionar-se em defesa dos pobres, das vítimas e dos últimos: isso é notável a todos os reis, a fim de que saibam qual deve ser a sua opção no governo das nações."

O Papa definiu a advertência do salmista como "um chamado em causa de alcance mundial, aos responsáveis pelas nações", especificando de improviso: "Não somente daquele tempo, mas de todos os tempos."

Falando da confiança professada e depositada pelo salmista em Deus, o Pontífice exortou: "Também nós vivemos nessa certeza da bondade de Deus".

"Devemos estar certos de que, por mais que sejam duras e tempestuosas as provas que nos aguardam, jamais seremos abandonados a nós mesmos, jamais cairemos fora das mãos do Senhor, aquelas mãos que nos criaram e que ora nos acompanham no itinerário da vida. Como confessará São Paulo, "Aquele que começou em vós a boa obra, a completará"."

Concluindo, Bento XVI reiterou que a onipotência de Deus é uma força exclusivamente de amor. "Este é o último motivo da nossa confiança: que Deus tem a potência da misericórdia e usa a sua potência para a misericórdia."

Na vigília da solenidade da Imaculada Conceição, dia em que o Papa celebrará os 40 anos da conclusão do Vaticano II, Bento XVI, recorreu a um dos decretos conciliares _ o "Presbyterorum ordinis", para falar do sacerdócio.

Aos participantes, nestes dias, de um Simpósio sobre o decreto conciliar, o Pontífice disse considerar o "Presbyterorum ordinis" uma "etapa de importância fundamental na vida da Igreja, no que concerne à reflexão sobre a natureza e sobre as características do sacerdócio ministerial".

À imagem de Cristo "e a seu serviço _ acrescentou _ os sacerdotes devem doar sua vida à glória de Deus e à salvação das almas". (RL)








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