Kuala Lumpur, 26 nov (RV) - A política conseguiu unir, na Malásia, pela primeira
vez, cristãos, muçulmanos, hinduístas, budistas e sikhs. Representantes de todas essas
religiões divulgaram, esta semana, um comunicado conjunto, no qual condenam a corrupção
no país, definindo-a como "pecado mortal".
Reunidos na última quinta-feira,
os líderes religiosos lançaram uma campanha de conscientização de suas comunidades
a respeito do problema. Eles participaram de um encontro com o tema "A posição das
religiões nas estratégias anticorrupção". "O objetivo da campanha _ explica o líder
hinduísta Dhamaratnam _ é explicar ao povo que aceitar e oferecer propina é um "pecado
mortal". Existe a necessidade de abordar o temor a Deus para erradicar a corrupção"
_ disse.
Um estudo do governo da Malásia, em 2004, revela que a corrupção é
difusa nos setores público e privado, a ponto de os malaios considerarem a prática
um meio normal para se fazer negócios. O Presidente de organização não-governamental
de combate à corrupção "Malaysian Society for Tranparency and Integrity", Param Cumaraswamy,
elogiou a iniciativa dos líderes religiosos.
"A campanha _ disse o especialista
_ pode dar bons resultados porque os representantes religiosos têm grande autoridade
moral na nossa sociedade."
O Primeiro-ministro da Malásia está envolvido em
graves denúncias de corrupção. (RW)