FIÉIS DO PAQUISTÃO PEDEM QUE CORTE SUPREMA INVESTIGUE ATAQUE MUÇULMANO
Islamabad, 25 nov (RV) - Uma comissão de fiéis e sacerdotes do Paquistão decidiu
não colaborar com as investigações sobre a destruição, no último dia 12, de três igrejas,
um convento religioso, duas escolas católicas, a casa de um pastor protestante, uma
casa paroquial, um pensionato para moças e algumas casas de cristãos, episódio acontecido
em Sangla Hill.
Atualmente, os trabalhos estão a cargo de um juiz provincial.
O grupo de católicos exige, todavia, que o caso seja apurado pela Corte Suprema do
país, como havia prometido o Governador da província de Punjab, durante uma visita
aos escombros das construções. O ataque, movido pela intolerância dos muçulmanos,
teve repercussão entre todas as confissões cristãs do Paquistão.
Nesse sentido,
a Conferência Episcopal Paquistanesa convocou um encontro das organizações cristãs
paquistanesas para o dia 4 de dezembro. O objetivo é definir uma resposta do Cristianismo
à intolerância religiosa.
O Bispo anglicano de Lahore, Dr. Alexander John
Malik, moderador da Igreja do Paquistão, pediu que as autoridades islâmicas ajudem
a construir um ambiente de harmonia entre os fiéis e condenem a violência perpetrada
em nome da religião.
Por sua vez, P. Samson Dilawar, pároco da igreja destruída,
afirmou que os trabalhos de limpeza de entulhos e reconstrução devem começar dentro
de 40 dias, período de luto geralmente respeitado no Paquistão. (RW)