2005-11-25 14:22:51

Bento XVI inaugura ano académico da Universidade Católica Italiana. "Conjugar ciência e fé é uma aventura entusiasmante" disse o Papa depois de ter recordado afectuosamente João Paulo II que da Policlinica Gemelli,onde foi internado tantas vezes, deu ao mundo um ensinamento incomparável sobre o sentido cristão da vida e do sofrimento


As universidades católicas devem fazer ciência no horizonte de uma racionalidade verdadeira, diferente daquela hoje amplamente dominante, segundo uma razão aberta ao transcendente, a Deus. Este o convite de Bento XVI que nesta sexta feira na abertura do ano académico da Universidade Católica Italiana, aqui em Roma, disse que em 2000 é uma aventura entusiasmante conjugar fé e ciência.

O Papa recordou também as palavras de João Paulo II segundo o qual uma comunidade académica católica se distingue pela inspiração cristãs das pessoas singularmente e pela própria comunidade, pela luz de fé que ilumina a reflexão, pela fidelidade á mensagem cristã tal como é apresentada pela Igreja e pelo empenho institucional ao serviço do povo de Deus.

A Universidade Católica é para Bento XVI um grande laboratório onde, segundo as varias disciplinas, se elaboram sempre novos percursos de pesquisa num confronto estimulante entre fé e razão para recuperar a síntese harmónica atingida por Tomás de Aquino e outros grandes do pensamento cristão, uma síntese contestada infelizmente por correntes importantes da filosofia moderna.

O Papa explicou que a consequência de tal contestação foi que como critério de racionalidade se veio afirmando de uma maneira cada vez mais exclusiva aquele da demonstrabilidade mediante experiência. As questões fundamentais do homem, como viver e como morrer, aparecem assim excluídas do âmbito da racionalidade e são deixadas á esfera da subjectividade.

Com renovada paixão pela verdade e pelo homem - convidou Bento XVI a concluir - lançai as redes no mar alto do saber, confiando nas palavras de Cristo também quando acontece de experimentar a fadiga e a decepção de não ter pescado nada.

No vasto mar da cultura Cristo precisa sempre de “pescadores de homens”, isto é de pessoas de consciência e bem preparadas que coloquem as suas competências profissionais ao serviço do Reino de Deus.

No inicio do seu discurso aos docentes e alunos da Universidade Católica Bento XVI salientara que encontrando-se na policlínica Gemelli não podia não pensar nos momentos cheios de trepidação e de comoção vividos durante os últimos internamentos de João Paulo II.

Naqueles dias – disse – para o Gemelli era dirigido de todas as partes do mundo o pensamento dos católicos e não só. Dos seus quartos do hospital o Papa deu a todos um ensinamento incomparável sobre o sentido cristão da vida e do sofrimento, testemunhando em primeira pessoa a verdade da mensagem cristã.

Desejo portanto renovar a expressão do grato apreço, meu e de inumeráveis pessoas pelos cuidados solícitos oferecidos ao Santo Padre. Que ele obtenha para cada um recompensas celestes.








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