FRANCISCANO COMENTA "MOTU PROPRIO" DE BENTO XVI

Assis, 22 nov (RV) - Ganhou repercussão na Itália e no mundo, a decisão de Bento XVI, de limitar a autonomia da Ordem dos Franciscanos Menores. A decisão do Santo Padre de pôr os guardiões do corpo de São Francisco na cidade italiana de Assis sob o comando de três instâncias superiores _ o Bispo local, um Cardeal da Cúria Romana e o Presidente da Conferência Episcopal regional _ recebeu críticas especialmente de políticos e estudiosos.

Por isso, a Rádio Vaticano foi ouvir a opinião de P. Vicenzo Coli, Custódio do Sacro Convento de Assis.

Entre outros pontos, o religioso ressalta que os Franciscanos mantêm-se obedientes a Bento XVI, e nega qualquer tipo de rebelião na Ordem, como noticiou a imprensa italiana no fim de semana.

"A Basílica de São Francisco, por exemplo, já teve diversas jurisdições nos últimos séculos. E creio que o último documento do Papa seja uma atualização, para que os franciscanos descubram e vivam de modo mais profundo, a co-responsabilidade, a compartilha e a colegialidade, porque nos insere, de forma muito clara, seja na vida da diocese, seja na vida da Conferência Episcopal umbra e nacional" _ disse o Custódio do Sacro Convento de Assis.

"Também não acredito _ acrescentou P. Coli _ que seja verdadeira a acusação de que gozávamos de ampla autonomia. Num encontro com jornalistas, logo que assumi meu cargo, eu disse que as pessoas não deveriam esperar de nós, posicionamentos de esquerda ou de direita. Mas, se o Senhor no-la tivesse concedido por graça, a atitude de referência forte, viva, atual e dinâmica, ao Evangelho, tal como a viveu Francisco." (RW)