2005-11-21 14:28:37

O magistério de João Paulo II sobre a pessoa humana: recordado com apreço pelo seu sucessor


Recebendo nesta segunda-feira de manhã, no Vaticano, os membros das Academias Pontifícias de Ciências e de Ciências Sociais, Bento XVI recordou que “no coração da ordem social está a pessoa humanal”. Esta “realidade antropológica – prosseguiu o Papa – é parte integrante do pensamento cristão e responde directamente aos esforços para abolir a fronteira entre Ciências Humanas e Ciências Naturais”:
“Segundo o projecto de Deus, não se pode separar a pessoa das dimensões físicas, psicológicas ou espirituais da natureza humana”.
“Embora as culturas se modifiquem através dos tempos, teria séria consequências suprimir ou ignorar a natureza que elas pretendem ‘cultivar’. Os indivíduos encontrarão a sua plena satisfação quando aceitarem os elementos genuínos da natureza que os constituem como pessoas”.
O conceito de pessoa humana – sublinhou ainda o Papa – “continua a conduzir a uma profunda compreensão do carácter único e da dimensão social de cada ser humano; isto é especialmente verdadeiro no caso das instituições legais e sociais em que é fundamental a noção de pessoa. E contudo, mesmo quando tal é reconhecido em declarações internacionais e legais, acontece por vezes que certas culturas – sobretudo se não estão profundamente tocadas pelo Evangelho – permanecem profundamente influenciadas por ideologias centradas sobre o grupo e por uma visão individualista e secularista da sociedade”.

Bento XVI – que descerrou uma estátua de João Paulo II, instalada na “Casina Pio IV” (sede destas Academias Pontifícias, no Vaticano) – recordou a profunda meditação desenvolvida pelo Papa Wojtyla, em relação à pessoa humana, convidando a retomar os seus textos que (disse) “representam um património que há que receber, acolher e assimilar cuidadosamente”. Uma tarefa que as Academias Pontifícias deverão assumir de modo especial.







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