2005-11-19 16:13:02

Formar a consciência sobre questões ligadas à saúde:
o Papa aos participantes
na Conferência internacional
sobre o Genoma Humano


“Há que dar um novo impulso à pastoral da saúde, com uma atitude e um aprofundamento da proposta pastoral, que tenha em conta a crescente massa de conhecimentos difundidos pelos media na sociedade e o mais alto nível de instrução das pessoas a quem se dirige” – declarou Bento XVI, dirigindo-se, neste sábado de manhã, no Vaticano, aos participantes na XX Conferência Internacional promovida pelo Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, desta vez sobre o Genoma Humano. “Cada vez mais frequentemente os cidadãos em geral (e já não só os legisladores) são chamados a pronunciarem-se sobre problemas mesmo cientificamente qualificados e difíceis” – observou o Papa. “Se falta uma adequada instrução, e mesmo uma apropriada formação das consciências, facilmente podem prevalecer, na orientação da opinião pública, falsos valores ou informações incorrectas”.
Ora faz parte da missão da Igreja, “uma preciosa obra de iluminação das consciências, para que cada nova descoberta científica possa servir ao bem integral da pessoa, no constante respeito pela sua dignidade”.

Aludindo ao tema deste Congresso internacional (sobre o Genoma Humano), Bento XVI observou que “os homens do nosso tempo, sensibilizados pelos terríveis acontecimentos que entenebreceram o século passado e o início deste, estão em condições de comprender que a dignidade do homem não se identifica com os genes do seu DNA e não diminui pela eventual presença de diversidades físicas ou de defeitos genéticos. O princípio de “não-discriminação” sobre a base de factores físicos ou genéticos entrou profundamente nas consciências e encontra-se formalmente enunciados nas Cartas dos direito do homem. Este princípio tem a sua base mais autêntica na dignidade de cada ser humano pelo facto de ser criado à imagem e semelhança de Deus”.

“Aliás uma análise serena dos dados científicos – comentou ainda o Papa – leva a reconhecer a presença de tal dignidade em cda fase da vida humana, a começar pelo primeiro momento da fecundação. A Igreja anuncia e propõe estas verdades não só com a autoridade do Evangelho, mas também com a força que deriva da razão, e precisamento por isso sente o dever de fazer apelo a todos os homens de boa vontade, na certeza de que o acolhimento destas verdades só pode contribuir para o bem das pessoas e da sociedade”.







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