2005-11-18 19:28:13

DEFENSOR DOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA DISCRIMINAÇÃO CONTRA A IGREJA NO MÉXICO


Cidade do México, 18 nov (RV) - No México, o Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH), José Luis Soberanes Fernández, denunciou a discriminação sofrida pela Igreja no México e a qualificou de inconstitucional.

Durante o I Congresso Internacional sobre "Igrejas, Estado laico e sociedade", organizado pela Conferência Episcopal Mexicana (CEM), Soberanes Fernández explicou que a liberdade religiosa vai além do simples direito ao culto, e que a Igreja no país sofre sérias restrições, entre elas a proibição de possuir meios de comunicação: "É uma discriminação por motivos religiosos, uma violação anticonstitucional" _ denunciou.

A isso _ acrescentou _ se deve somar a obrigação de solicitar permissão para fazer manifestações de culto público fora dos templos, o não reconhecimento pleno dos casamentos religiosos, a proibição da objeção de consciência e a assistência religiosa nos quartéis militares. A presença religiosa nos quartéis é permitida apenas em "certas ocasiões e de maneira velada".

Nesse sentido, Soberanes Fernández disse que é necessário reformar a Lei de Associações Religiosas e Culto Público, adaptando-a ao primeiro artigo da Carta Magna, que proíbe todo tipo de discriminação.

Ele acrescentou que, no país, se agride a quem se manifesta em favor da liberdade religiosa e do direito dos pais de escolher a educação de seus filhos. "O tema aparece como de segunda classe, como se fosse politicamente incorreto defendê-lo. Consideram-nos como conservadores ou reacionários" _ denunciou. (MZ)







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