EPISCOPADO ITALIANO CONSTATA: FAMÍLIAS NUMEROSAS E SÓLIDAS SÃO VIVEIROS DE VOCAÇÕES
Assis, 17 nov (RV) - Quem são os padres e seminaristas italianos? E como chegam
à ordenação? Uma pesquisa realizada por conta da Conferência Episcopal Italiana (CEI)
reunida em assembléia, em Assis, num universo de sacerdotes ordenados nos anos '50
e de jovens que estão se preparando para a ordenação sacerdotal, indica que as famílias
numerosas e praticantes são verdadeiros "viveiros de vocações". Apenas 5% dos sacerdotes
e 7% dos seminaristas, são filhos únicos.
Segundo as mais recentes estatísticas,
os italianos que freqüentam a missa aos domingos são 21%. Essa percentagem sobe entre
os pais de sacerdotes, 70% para os pais e 89% para as mães. A secularização, porém,
avança: entre os pais dos seminaristas, a percentagem cai bruscamente para 52% (pais)
e 72% (mães).
Ao lado da família, destaca-se também o papel da paróquia, freqüentada
desde a infância, por 98% dos padres e 94% dos seminaristas. Uma curiosidade e um
conselho contra a diminuição das vocações: não deixar de lado os chamados "coroinhas":
89% dos sacerdotes e 75% dos seminaristas sentiram a vocação sacerdotal a partir dos
grupos de coroinhas.
Uma vocação amadurece, passando por uma série longa e
variada de experiências formativas. A vocação, quase sempre se descobre graças ao
contato com pessoas de fé: pode ser o padre da paróquia, a mãe, uma religiosa ou um
amigo.
A pesquisa analisa também o momento em que nasceu a vocação: muitos
descobriram a vocação quando eram adolescentes ou crianças. 85% dos padres iniciaram
a cultivar a vocação antes de atingir a maioridade. Dentre os seminaristas atuais,
67% ingressaram mais tarde no Seminário. Vários freqüentaram a Universidade antes
de se decidir a dar esse passo.
Um dado interessante sobre o futuro: é visível
certo pessimismo de fundo. 60% dos seminaristas esperam momentos de fortes crises
pela frente. (MZ)