Aprender a conjugar liberdade e responsabilidade. É a indicação de Bento XVI na mensagem
enviada á assembleia nacional do MEIC (movimento eclesial de empenho cultural) reunida
em Roma.
Na mensagem, o Papa indica algumas urgências culturais ás quais aquele movimento pode
dar um contributo válido de inteligente atenção e de segura competência.
Uma primeira urgência - escreve o Papa – diz respeito á reflexão sobre as novas fronteiras
da biotecnologia, com a bagagem enorme de riscos que a sua abertura contem, igual
pelo menos ás oportunidades que oferece. É necessário manter firme o principio segundo
o qual o homem como homem, isto é, enquanto membro da espécie humana, é sujeito de
direitos e traz em si valores e normas que é tarefa da reflexão cultural individuar
juntamente com os limites do homem e os deveres que aquele mesma condição coloca.
Uma segunda urgência, ligada á primeira, é a reflexão sobre a liberdade, que os nossos
contemporâneos estimam muito e procuram com ardor. Ela é um grande bem que se deve
sempre conjugar na verdade e responsabilidade.
Além disso o Papa recorda que o Concilio ao sublinhar que muitas vezes a liberdade
é cultivada de maneira errada, quase fosse licito tudo aquilo que agrada, inclusive
o mal, oportunamente precisou que a verdadeira liberdade é no homem um sinal privilegiado
da imagem divina.
A concluir o Papa faz votos que a assembleia do movimento eclesial de empenho cultural
dê um contributo de reflexão e de iniciativas para a criação de estruturas de solidariedade
e de participação na comunidade civil na convicção firme que quem quer que promova
a comunidade humana na ordem da família, da cultura, da vida económica e social, bem
como da politica, tanto nacional como internacional traz também não pouca ajuda, segundo
o desígnio de Deus, á comunidade da Igreja, na medida em que esta depende de factores
externos.