2005-11-12 19:41:14

PAPA A EMBAIXADOR DOS EUA: INJUSTIÇA E VIOLÊNCIA SÓ PODEM SER COMBATIDAS MEDIANTE O RESPEITO À LEI MORAL


Cidade do Vaticano, 12 nov (RV) - Bento XVI iniciou suas atividades de hoje recebendo em audiência o novo embaixador dos EUA junto à Santa Sé, Francis Rooney, para a apresentação de suas credenciais.

"Que os EUA exercitem sua liderança, cooperando com as diversas instâncias internacionais": foi a exortação do Santo Padre ao diplomata norte-americano. Expressando sua solidariedade a todos aqueles que foram atingidos pelos furacões no sul dos EUA, Bento XVI evocou a importância da dimensão moral na ação política.

"Num mundo onde cresce a globalização, tenho certeza de que os EUA continuarão a demonstrar uma liderança na promoção de valores como a liberdade, a integridade e a autodeterminação" _ afirmou o Pontífice, ao diplomata norte-americano.

O Papa ressaltou que tal liderança deve ser acompanhada de uma "cooperação com as diversas instâncias internacionais, que trabalham por um consenso real e para desenvolver" ações comuns "ao afrontar temas críticos para o futuro da humanidade".

A guerra, assim como a injustiça e a violência, disse ainda, "podem ser contrastadas somente por um renovado respeito pela lei universal moral, cujos princípios derivam do próprio Criador".

A seguir, advertiu que "o reconhecimento do rico patrimônio de valores e princípios ínsitos nessa lei, é fundamental para se construir um mundo que reconheça e promova a dignidade, a vida e a liberdade de toda pessoa humana", base para se "criar as condições de justiça e paz, nas quais os indivíduos e as comunidades possam prosperar".

Reportando-se ao Concílio Vaticano II, Bento XVI recordou que "a missão universal da Igreja não permite à mesma, identificar-se com um sistema político, econômico e social". Todavia, sua missão "serve como fonte de compromisso, direção e força, que pode contribuir para estabelecer e consolidar a comunidade humana, de acordo com a lei de Deus".

Reconhecendo a generosidade sempre demonstrada pelo povo norte-americano para com os necessitados de todos os continentes, o Pontífice ressaltou o empenho da Santa Sé, em "buscar soluções para afrontar os problemas mais significativos que a humanidade está sofrendo nestes anos", como o "escândalo" da fome, da pobreza e das doenças que ainda afligem tantas partes do mundo.

Para sanar essas chagas, ressaltou o Papa, "não se pode limitar a considerações econômicas", mas é preciso "uma visão mais ampla de solidariedade prática junto a decisões corajosas" de efeitos de amplo alcance, tais como o perdão da dívida que "alimenta a pobreza em muitas das nações menos desenvolvidas".

Por fim, o Pontífice fez votos de que as relações diplomáticas entre a Santa Sé e os EUA "se reforcem e se consolidem" nos anos vindouros. (RL)








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