P. JAEGER ESPERA QUE ISRAEL RATIFIQUE ACORDO COM A SANTA SÉ
Jerusalém, 12 nov (RV) - "É necessário dar substância ao acordo fundamental
entre Israel e Vaticano" _ disse à agência de notícias AsiaNews, o franciscano P.
David M. Jaeger, que esteve entre os membros do grupo que redigiu o acordo fundamental,
antecipando os temas da visita de Moshe Katzav, Presidente israelense, dia 17 de novembro,
ao Vaticano.
P. Jaeger, que falou apenas como "perito acadêmico, com alguma
experiência prática sobre o assunto", recordou "antes de tudo, um fato importante:
as duas partes entabularam (e mantêm) relações amigáveis. Não existe adversidade;
é uma relação amigável, mas baseada em certas regras".
"Creio que a questão
mais importante hoje _ refletiu P. Jaeger _ seja o valor, o próprio status do Acordo
Fundamental. No ano passado, de modo oficial, o governo disse à Corte Suprema de Israel,
que não reconhecia suas obrigações resultantes do Acordo fundamental. Isso foi um
choque."
"Obviamente _ explicou o franciscano _ é necessário que o governo
corrija essa afirmação. Creio que essa seja a necessidade mais urgente: o Acordo é
a base e o esquema com o qual se exprime toda a relação. Eu espero que isso tenha
sido apenas um erro, feito por um representante não muito informado e sem a autorização
e o conhecimento dos níveis mais altos do governo. Espero que o governo manifeste
urgentemente, o seu verdadeiro pensamento, corrigindo as afirmações feitas à Corte
Suprema."
"Sei muito bem que o governo de Tel Aviv dá muita importância às
relações com a Igreja Católica. Por isso, espero que Israel firme a ratificação do
Acordo e o inscreva nas leis do Estado."
Além disso, "É preciso concluir as
longas negociações, iniciadas em 1999, para fazer com que o Estado israelense reconheça
todos os direitos e liberdades que a Igreja adquiriu, há muitos séculos, e que já
existiam bem antes do nascimento do Estado de Israel, em 1948. Naturalmente _ afirmou
P. Jaeger _ os novos acordos devem também assegurar à Igreja, os plenos direitos e
liberdades normais em qualquer democracia moderna, como o Estado de Israel." (MZ)