Luanda, 12 nov (RV) - Depois de cinco séculos de colonização portuguesa, o
povo angolano obteve o reconhecimento do direito a ser uma Nação, nos dia 11 de novembro
de 1975. "Foram 30 anos de dor, de lágrimas e de alegria, mas sobretudo, 30 anos caracterizados
por muita esperança numa Angola como uma Pátria unida, Pátria de liberdade, de justiça,
de fraternidade e de paz": é o que afirmam os bispos angolanos, em um comunicado divulgado
ontem, na capital, Luanda, durante sua segunda assembléia anual, para celebrar os
30 anos de independência do país.
No contexto das celebrações pela independência,
o Presidente José Eduardo dos Santos declarou ontem, durante uma manifestação realizada
em um estádio da capital, que "ainda existe uma longa estrada a ser percorrida, até
que se consolidem a paz, a democracia e o desenvolvimento".
Angola é o país
africano que mais sofreu as conseqüências da Guerra Fria, vendo-se envolvido em diversos
conflitos internos. Somente em 2002, com a morte do líder de um dos grupos de guerrilha,
a situação voltou a ser estável.
Mesmo sendo um país rico em minérios e o segundo
país produtor de petróleo, da África subsaariana, Angola ocupa o 166º lugar na classificação
mundial relativa aos parâmetros de desenvolvimento humano.
A tendência do crescimento
está em declínio devido à falta de infra-estrutura de base e pela ameaça constante
das minas antipessoais _ herança da guerra civil. (JE)