Rei de Marrocos pede "tratamento global" para o problema da emigração
O rei de Marrocos, Mohammed VI, apelou ontem, em Rabat, para que o problema da emigração
tenha um "tratamento global" que envolva a África Subsariana, o Magrebe e a Europa.
Exprimindo-se pela primeira vez desde os assaltos dramáticos em Setembro e Outubro
aos enclaves espanhóis de Melilla e Ceuta, o monarca considerou que a segurança "não
é suficiente se não se atacar as causas económicas e sociais" do fenómeno. Mohammed
VI propôs a elaboração de uma "política comum, onde estejam definidas responsabilidades,
meios de acção e visão estratégica da emigração, uma vez que se trata de um problema
estrutural e não de uma questão efémera". Desde o início do Verão, 14 clandestinos
foram mortos ao tentar atravessar os dois enclaves no Norte de Marrocos. Rabat reconheceu
a sua responsabilidade na morte de quatro deles.