2005-11-07 20:34:53

BENTO XVI A BISPOS AUSTRÍACOS: PREGAR O EVANGELHO DE FORMA CORAJOSA E SEM TEMOR DE AMEDRONTAR OS FIÉIS


Cidade do Vaticano, 05 nov (RV) - Bento XVI iniciou suas atividades de hoje, recebendo em audiência os bispos da Conferência Episcopal Austríaca, na conclusão de sua visita "ad Limina".

Uma Igreja que não renuncie a anunciar as verdades do Evangelho, ainda que incômodas, para derrotar a secularização difusa em toda a Europa. Essa foi a Igreja que o Santo Padre pediu aos bispos austríacos, exortando-os a um testemunho "claro, público e corajoso" para relançar o espírito missionário da Igreja local.

A secularização é um ponto "dolente" dos nossos tempos: um mal que Bento XVI não deixa de combater, exortando a Igreja à coragem de seus antigos ensinamentos. "O processo de secularização, que vive a Europa, não se deteve às portas da Igreja Católica na Áustria", observou o Papa, e por causa dele, em "muitos fiéis se perde a identidade com o magistério da Igreja", se dilui "a consciência da fé" e diminui "também o respeito pelos mandamentos de Deus".

Aquilo que não serve, afirmou o Pontífice com clareza, é um excesso de moderação no anúncio evangélico, moderação que diminui o alcance da mensagem de Jesus. "É verdade que nós, bispos, devemos agir com prudência _ reconheceu Bento XVI _ porém, tal prudência não nos deve impedir de expor a palavra de Deus com toda clareza, mesmo aqueles pontos que comumente são ouvidos com desagrado ou que provocam reações de protesto e, por vezes, até sarcasmo.

"O testemunho claro, público e corajoso dos bispos deve ser acompanhado por muitas medidas que, à primeira vista, parecem insignificantes e pouco visíveis em público" _ acrescentou Bento XVI, para quem "são, muitas vezes, as decisões do governo ordinário" da Igreja que melhoram significativamente a situação do povo.

Citando os "muitos fatos positivos da vida eclesial" como a "boa colaboração entre Estado e Igreja", ou "a abundância das riquezas culturais" da Áustria, Bento XVI sugeriu que se aproveitem "todos esses dons" de Deus, mas, ao mesmo tempo, é preciso não se dar por satisfeitos com "uma religiosidade exterior". "Não basta, para Deus, que seu povo O louve com a boca. Ele quer o nosso coração" _ conclui o Pontífice. (RL)







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