ASIANEWS COMPLETA DOIS ANOS NA INTERNET: 4,5 MILHÕES DE VISITAS POR MÊS
Roma, 07 nov (RV) - Divulgar ao mundo a missão da Igreja na Ásia, e dar voz
ao "homem asiático" com os seus "dramas e esperanças": esse tem sido o objetivo de
AsiaNews _ a agência de notícias promovida pelo Pontifício Instituto das Missões Exteriores
(PIME) _ cujo website está completando dois anos de atividades, nestes dias. O site
_ em italiano, inglês e chinês _ recebe, a cada mês, quase 4,5 milhões de visitas.
O
crescimento visível da utilização da AsiaNews se deu, sobretudo, por ocasião do "tsunami"
que se abateu sobre o sul e sudeste asiáticos, no dia 26 de dezembro passado, e do
recente terremoto no Paquistão, como afirmou à Rádio Vaticano o Diretor de AsiaNews,
P. Bernardo Cervellera.
"Com o "tsunami", nós nos tornamos verdadeiramente
um ponto de referência para a informação, porque tínhamos missionários católicos e
personalidades asiáticas que trabalhavam nas áreas atingidas" _ disse P. Cervellera.
"Foi
também um momento de grande responsabilidade, porque mostramos o coração de tudo o
que acontecia e fomos acompanhando os eventos, mesmo depois que os refletores da mídia
internacional se apagaram. No caso do Paquistão _ continuou o Diretor da AsiaNews
_ fomos nós que acendemos os refletores, pois como não havia ocidentais envolvidos
e não havia grandes problemas econômicos ligados com a destruição provocada pelo terremoto,
ninguém queria falar dele. Ao invés, nós continuamos a falar."
Interrogado
sobre a "liberdade religiosa na Ásia", P. Cervellera disse aos microfones da Rádio
Vaticano: "Na Ásia, a presença de ditaduras fundamentalistas islâmicas, bem como a
presença de ditaduras ideológicas, sobretudo que se referem ao comunismo, como na
China e no Vietnã, ou ao socialismo, como em Mianmar ou Coréia do Norte, cria uma
situação de liberdade religiosa verdadeiramente reduzida. Em compensação _ prosseguiu
P. Cervellera _ é necessário dizer que, em outros países, porém, onde não existe plena
liberdade religiosa, a Igreja tem a possibilidade de se expressar e também de ajudar,
em todos esses países onde a liberdade religiosa é humilhada."
Indagado sobre
os futuros desafios da AsiaNews, P. Cervellera respondeu: "No mundo, há grupos e associações
que se preocupam com as violações dos direitos humanos. Existem ainda associações
e indústrias que se interessam pela economia, mas não temos uma integração entre essas
duas áreas. Por isso _ concluiu P. Cervellera _ o comércio se torna materialista e
técnico e as denúncias contra as violações dos direitos humanos freqüentemente se
tornam utópicas. Precisamos encontrar um modo de integrar, numa única visão, a economia
e os direitos humanos." (MZ)