O Cardeal José Saraiva Martins presidiu este Domingo à cerimónia de beatificação de
Eurosia Fabris (1866-1932), mais conhecida como “Mamã Rosa”, mãe de nove filhos, três
deles sacerdotes, apresentada como “modelo de santidade possível para todos”.
A beatificação foi proclamada na catedral de Vicenza, na Lombardia (Norte de Itália).
O Bispo da diocese, D. Cesare Nosiglia, salientou que “Mamã Rosa” é referenciada como
“um modelo de santidade possível para todos, porque como esposa e mãe viveu com simplicidade
evangélica”.
O Bispo de Vicenza recordou também as vocações religiosas que enriqueceram a casa
de “Mamã Rosa”, referindo que hoje a vocação sacerdotal de um filho representa uma
preocupação, enquanto para a beata, a “alegria em ver os seus filhos encaminharem-se
para a vida consagrada, aderindo de todo o coração a Cristo, era também motivo de
consolo”.
Eurosia Fabris, nascida em 27 de Setembro de 1866, viveu em uma pequena localidade
agrícola, a poucos quilómetros de Vicenza. Deixou a escola após os dois primeiros
anos de educação geral básica para ajudar os seus pais nas tarefas do campo e da casa.
Aprendeu, contudo, a ler e escrever. Entre os seus livros preferidos estavam a história
sagrada, a “Filotea” de São Francisco de Sales e as “Máximas eternas” de Santo Afonso
Maria de Ligório.
Eurosia, que entrou na Terceira Ordem Franciscana, morreu a 8 de Janeiro de 1932.
Pio XII afirmou sobre ela: “É necessário dar a conhecer esta bela alma, exemplo para
a família de hoje!”.
A sua vida conjugal foi caracterizada pela profunda comunhão com o marido, tenro amor
para todos os filhos, capacidade de trabalho além do normal, atenção aos pobres e
aos doentes, intensa vida de oração.