2005-11-07 17:36:56

Apelo da associação mundial católica para a comunicação:contribuir para uma cultura da paz


A Signis, Associação Mundial Católica para a Comunicação, pediu uma “mudança radical” na orientação da comunicação mediática em todo o mundo, de modo a que os Media possa contribuir para criar uma cultura de “paz, solidariedade e respeito”.
O apelo é lançado pela assembleia geral da Associação, reunida em Lyon de 4 a 11 de Novembro sob o tema “Os Media ao serviço de uma cultura de paz”.
“No início do século XXI, é urgente desenvolver uma cultura de paz que responda às esperanças expressas pelos povos do mundo, perante o surgimento de violências que se devem à falta de respeito pela dignidade do outro”, referem os participantes na “Declaração de Lyon”.
Para os profissionais da comunicação católicos, essa falta de respeito deve-se a muitas causas, entre as quais “a fome e as injustiças estruturais, o nacionalismo, os conflitos étnicos e religiosos, o terrorismo e as guerras.
Por tudo isto, prossegue a Declaração, “a paz passa hoje, necessariamente, pelos Media”, capazes de se assumirem como promotores “da compreensão recíproca e da solidariedade”.
“Vivemos num mundo cada vez mais plural e multicultural”, refere o documento, pelo que a convivência pode suscitar “mal-entendidos e medos”. Nesse sentido, os Media têm a responsabilidade de favorecer a convivência comum, ajudando a aceitar e acolher a diversidade das nossas identidades”.
A Signis alerta para a possibilidade de os meios de comunicação social “favorecerem a violência” quando cedem ao sensacionalismo ou reproduzem estereótipos sobre os outros, “incitando ao ódio”.
Por tudo isto, a Associação Mundial Católica para a Comunicação propõe aos profissionais da comunicação uma série de objectivos, que passam por “colocar em comunicação as pessoas, os grupos, os povos”, promovendo uma “justa representação” dos diversos grupos que compõem a sociedade e abrindo o diálogo entre “culturas e religiões”.
“Para nós, profissionais dos Media e cristãos, contribuir para uma cultura de paz compromete-nos a ser voz dos que não têm voz e a dar um cara a quem não a tem. Tudo isto exige o risco de ser corajoso, para um serviço profético”, conclui a Declaração, que recorda aqueles que “perderam a vida” ao cumprir este serviço.







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