2005-11-06 14:21:43

Bento XVI recordando o documento conciliar sobre a Divina Revelação salientou o facto de a Igreja encontrar no Evangelho a orientação para o seu caminho.


Os apóstolos e os seus sucessores, os bispos, são os depositários da mensagem que Cristo confiou á sua Igreja, para que fosse transmitido integro a todas as gerações. Foi o que salientou Bento XVI antes da recitação do Angelus do meio dia, perante uma multidão de peregrinos e fiéis que este domingo quiseram desafiar a chuva intensa na Praça de S. Pedro.
Uma afirmação temporalmente não casual porque o Papa quis recordar como no dia 18 de Novembro de há 40 anos o Concilio Ecuménico Vaticano II aprovou a Constituição Dogmática sobre a Divina Revelação a “Dei Verbum que - disse Bento XVI - constitui uma das traves mestres do inteiro edificio conciliar.
Este documento trata da Revelação e da sua transmissão, da inspiração e da interpretação da Sagrada Escritura e da sua importância fundamental na vida da Igreja.
O Papa sublinhou que, recolhendo os frutos da renovação teológica precedente, o Vaticano II coloca no centro Cristo, apresentando-o como o mediador e ao mesmo tempo a plenitude de toda a revelação. E desde sempre os apóstolos e seus sucessores, isto é os bispos, são chamados a ser o guardião da mensagem de Cristo, e a sua tarefa consiste em transmiti-la integra a todas as gerações.
A Sagrada Escritura, do Antigo e do Novo Testamento e a Sagrada Tradição - disse ainda Bento XVI – contêm tal mensagem, cuja compreensão progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo. Aquela mesma Tradição faz conhecer o cânone integral dos Livros sagrados e torna-os rectamente compreensíveis e operantes, de maneira que Deus, o qual falou aos Patriarcas e aos Profetas, não deixa de falar á Igreja e através dela ao mundo.
O Papa salientou depois que a Constituição Conciliar Dei Verbum deu um forte impulso á valorização da Palavra de Deus, da qual derivou uma profunda renovação da vida da comunidade eclesial sobretudo na pregação, na catequese, na teologia, na espiritualidade e das relações ecuménicas.
Bento XVI acrescentou que precisamente a Palavra de Deus guia os crentes para a plenitude da verdade, e entre os múltiplos frutos desta primavera bíblica quis recordar a difusão da antiga pratica da leitura espiritual da Sagrada Escritura que consiste em ler e meditar longamente um texto bíblico para alimentar a nossa meditação e contemplação, colocando a mente e o coração numa atitude de escuta religiosa.
A concluir o Papa convidou a rezar para que, como Maria a Igreja seja serva dócil da Palavra divina e a proclame sempre com uma confiança firme, de maneira que o mundo inteiro escutando acredite, acreditando espere, e esperando ame.







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