2005-11-01 18:39:06

PAPA PEDE PARA QUE SOLENIDADES DE TODOS OS SANTOS E FINADOS NOS AJUDEM A PENSAR SEM TEMOR, NO MISTÉRIO DA MORTE


Cidade do Vaticano, 1º nov (RV) - Ao meio-dia de hoje, solenidade de Todos os Santos, o Papa recitou a oração mariana do Angelus, da janela de seus aposentos, na residência apostólica vaticana, com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.

Uma festa "que nos faz sentir a alegria de fazer parte da grande família dos amigos de Deus": com essas palavras Bento XVI sintetizou o significado profundo da solenidade de Todos os Santos, ligado à comemoração dos fiéis finados, que recordaremos amanhã, dia 2.

"Tornar-se santos significa realizar plenamente, aquilo que já somos na qualidade de elevados, em Jesus Cristo, à dignidade de filhos adotivos de Deus." De fato, "com a encarnação do Filho, sua morte e ressurreição, Deus quis reconciliar a Si a humanidade, e abri-la à partilha da sua própria vida."

"Quem acredita em Cristo, Filho de Deus, renasce do alto" _ explicou o Papa _ um "mistério que se realiza no sacramento do Batismo", no qual a vida nova recebida "não está sujeita à corrupção e ao poder da morte". Morte que não é nada mais que "a passagem terrena à pátria do Céu, onde o Pai acolhe todos os seus filhos".

É significativo e apropriado _ ressaltou o Santo Padre _ que depois da festa de Todos os Santos se celebre a comemoração dos fiéis finados.

"A "comunhão dos santos" que professamos no Credo, é uma realidade que se constrói aqui na terra, mas que se manifesta plenamente quando vemos Deus "assim como ele é" _ disse o Pontífice."

"É a realidade de uma família _ acrescentou Bento XVI _ ligada por profundos vínculos de solidariedade espiritual, que une os fiéis finados àqueles que são peregrinos no mundo. Uma ligação misteriosa, mas real, alimentada pela oração e pela participação no sacramento da Eucaristia."

"No corpo místico de Cristo, as almas dos fiéis se encontram, superando a barreira da morte, rezando umas pelas outras." Assim "se compreende também a praxe _ observou o Papa _ de oferecer aos finados, orações de sufrágio, de modo especial o sacrifício eucarístico, que abriu aos fiéis a passagem à vida eterna".

"Unindo-me espiritualmente àqueles que visitam os cemitérios para rezar por seus defuntos, também eu, amanhã à tarde, irei me recolher em oração nas Grutas Vaticanas, junto ao túmulo dos papas, que coroam o sepulcro do apóstolo Pedro, e naturalmente terei uma recordação especial pelo amado João Paulo II" _ disse Bento XVI.

"Caros amigos _ concluiu o Santo Padre _ que a tradicional visita destes dias, ao túmulo dos nossos defuntos, seja uma ocasião para pensar sem temor, no mistério da morte, e cultivar aquela incessante vigilância que nos prepara para afrontá-la com serenidade." (RL)








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