ATAQUE CONTRA RELIGIOSAS DE UDAIPUR "VISA ATINGIR TODOS OS MISSIONÁRIOS"
Nova Délhi, 29 out (RV) - "Um ataque premeditado que visa atingir todos os
missionários" torna-se ainda mais grave, pelo fato que "a violência era contra mulheres".
Com essas palavras, o Bispo de Udaipur, Dom Joseph Pathalil, comentou, para a agência
missionária de notícias _ AsiaNews _ a violência perpetrada contra cinco religiosas
da congregação das Virgens do Senhor.
As religiosas foram espancadas na rua,
no dia 25 de outubro, quando esperavam o ônibus para Bhandaria, cidadezinha localizada
na região sul do estado de Rajasthan. Uma delas, Madre Rosário, de 68 anos de idade,
está gravemente ferida enquanto as outras estão fora de perigo.
"Essas religiosas
_ continuou o Bispo _ dão a própria vida para melhorar a vida dos pobres e marginalizados
de qualquer religião ou casta. Trabalham silenciosamente, no campo da saúde e da educação,
para oferecer as bases que servem para melhorar a vida de pessoas como aquelas que
as agrediram."
"Estamos preocupados _ sublinhou o prelado _ porque o aumento
dos episódios de violência anticristã em Rajasthan é inegável e inexplicável. Essas
religiosas _ concluiu _ buscam apenas dar o melhor de si para a população local, mas
os fundamentalistas não as querem aqui. Eles gozam da tácita proteção do governo e
ninguém consegue detê-los."
Os problemas na Diocese tiveram início no dia 16
de outubro, quando foi anunciada a realização de uma procissão eucarística. Alguns
membros do "Rashtriya Swayamsevak Sangh" (RSS-formação paramilitar dos fundamentalistas
nacionalistas ndr) protestaram junto às autoridades, acusando os católicos de proselitismo.
Pe.
Babu Joseph, porta-voz da Conferência Episcopal da Índia, sublinhou, em declarações
à AsiaNews que "a comunidade cristã sempre foi bem vista, por respeitar as leis".
"As acusações de conversões forçadas que os fundamentalistas fazem contra
nós _ disse Pe. Joseph _ na tentativa de justificar sua violência, são infundadas.
Somente uma pequena parte da população do Estado _ ressaltou o porta-voz _ abraçou
a fé cristã, e ninguém pode provar que as nossas conversões foram forçadas ou aconteceram
sob coerção." (MZ)