Seguir o exemplo dos novos Santos: exortação do Papa aos pereginos vindos a Roma para
as canonizações deste domingo.
“Obrigado pelo vosso afecto”: palavras do Papa, segunda de manhã, na Aula Paulo VI,
na audiência aos peregrinos vindos a Roma para as primeiras canonizações deste pontificado.
Como costumava fazer João Paulo II , também Bento XVI quis acolher os fiéis que
participaram nas canonizações do dia anterior. Um encontro marcado por um ambiente
festivo, animado pelas melodias entoadas pelos polacos, que celebravam especialmente
o “seu” novo santo, o padre Sigmundo Gozazdowski, mas também o bispo Josef Bilczewski,
arcebispo de Lviv dos Latinos (na actual Ucrânia, de onde vieram também muitos peregrinos).
Os outros presentes provinham do Chile - para a canonização do padre Alberto Hurtado
Cruchaga, jesuíta; e de diferentes regiões da Itália – para as canonizações do padre
Gaetano Catanoso (fundador das Irmãs Verónicas do Rosto Santo) e do Frade capuchinho
Félix de Nicosia. As saudações do Papa foram pronunciadas em polaco, ucraniano, espanhol
e italiano.
Nas duas primeiras línguas o Papa evocou conjuntamente as virtudes do bispo Bilczewski
e do padre Gorazdowski: “oração, amor à Eucaristia e prática da caridade” – “dando-se
totalmente a Deus e ajudando eficazmente, do ponto de vista material e espiritual,
os mais necessitados”. Aos dois novos santos Bento XVI confiou os fiéis da Ucrânia
e da Polónia e as respectivas nações.
Aos peregrinos chilenos, evocando a figura do Padre Hurtado, o Papa exaltou a “sua
consciência filial diante do Pai, o espírito de oração, o profundo amor a Maria, a
generosidade em dar-se completamente, a sua entrega e serviço aos pobres”.
Finalmente, em italiano, Bento XVI exortou os devotos de S. Gaetano Catanoso a seguirem
o seu exemplo de “serviço aos últimos, aos mais distantes, abrindo-lhes o coração
e restituindo-lhes a esperança”. “Ele anunciou com ardor apostólico o Reino de Deus,
com a convicção de quem é testemunha; administrou os sacramentos e sobretudo a divina
Eucaristia imergindo-se quotidianamente no mistério do amor oblativo de Cristo”.
Aos peregrinos de Nicosia, vindos a Roma para a canonização do modesto frade capuchinho
oriundo daquela localidade siciliana, o Papa observou que, “num mundo fortemente tentado
pela busca da aparência e do bem-estar egoísta, S. Félix recorda a todos que a verdadeira
alegria se esconde muitas vezes nas pequenas coisas e se obtém cumprindo fielmente,
em espírito de serviço, o dever de cada dia”. O Santo de Nicosia convida todos a “aderirem
cada vez mais profundamente à vontade de Deus, para encontrar n’Ele a verdadeira paz,
a realização plena de si mesmo e a perfeita alegria”.