SANTA SÉ PREOCUPADA COM PAPEL DA JUVENTUDE NA ECONOMIA GLOBALIZADA
Cidade do Vaticano, 20 out (RV) - A Santa Sé participou, em Nova York, na sede
da ONU, do debate sobre a juventude, na assembléia geral da organização. O tema do
debate foi "Programa mundial de ação para a juventude até o ano 2000 e além" e a Santa
Sé foi representada por Francisco Dionísio.
Em seu discurso, Dionísio recordou
o recente encontro no XX Dia Mundial da Juventude, em Colônia, que reuniu milhares
de jovens do mundo inteiro.
Este evento, com a participação de Bento XVI,
deu voz aos sentimentos da juventude mundial. Jovens que estão à procura de padrões
dignos de vida e que se questionam sobre os critérios para a construção de um mundo
melhor.
A delegação vaticana comentou ainda o lançamento, dez anos atrás, do
Programa Mundial de Ação para a Juventude, com dez prioridades a serem alcançadas.
Nesse contexto, a Santa Sé declarou-se preocupada com o papel da juventude na economia
globalizada, na questão da pobreza, da educação e do emprego.
Francisco Dionísio
recordou que a Igreja Católica, em todo o mundo, administra mais de 196 mil escolas
de ensino médio e fundamental, com mais de 51 milhões de estudantes. E mais de mil
universidades e institutos, que educam cerca de 4 milhões de jovens. A respeito
de questões como saúde, drogas, delinqüência e discriminação contra meninas e jovens,
a Santa Sé recordou sua contribuição, com mais de 12 mil hospitais e centros de saúde
católicos em todo o mundo: uma rede de solidariedade e de profissionalismo para promover
o princípio de que toda a vida humana é sagrada.
"Conscientes de que vivemos
num mundo complexo e complicado _ disse o representante vaticano _ a Santa Sé encoraja
as Nações Unidas a identificar as necessidades da juventude mundial, especialmente
dos jovens mais pobres e frágeis."
"Nesse sentido _ arrematou _ a Santa Sé
encoraja uma colaboração com a comunidade internacional, para desenvolver respostas
realistas, apropriadas, imediatas e a longo prazo." (BF)