Caritas preocupada com as populações esquecidas após o sismo no Paquistão
A Cáritas do Paquistão está preocupado com os efeitos do frio e a ausência de assistência
a centenas de milhares de pessoas nas zonas afectadas pelo sismo de há dez dias, no
país. O director do organismo católico confessa dificuldades em chegar “às comunidades
mais necessitadas em áreas remotas”.
Hoje mesmo o director do Programa Alimentar Mundial (PAM) afirmou que meio milhão
de pessoas no sul da Ásia ainda não recebeu qualquer ajuda. "As organizações de assistência
conseguiram levar alguma ajuda a centenas de milhares de pessoas, mas estimamos que
há meio milhão de pessoas a precisar desesperadamente de ajuda a quem ainda ninguém
conseguiu chegar", disse James Morris.
Além de alimentos, as populações afectadas precisam de abrigos, cobertores e assistência
médica. Centenas de aldeias que continuam sem ajuda e há milhares de vidas em jogo,
uma vez que a temperatura está a descer.
D. Joseph Court, director da Cáritas Paquistão diz que esta acção tem de ser desenvolvida
“antes das primeiras neves do Inverno”, que colocarão em risco a sobrevivência destas
populações.
O Presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, D. Lawrence Saldanha, já enviou
uma carta ao presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, garantindo o pleno apoio da
Igreja nas operações de socorro após o terramoto que atingiu o país. Na carta, o Arcebispo
afirma que a Cáritas Paquistão é um exemplo para todos, “organizando imediatamente
campos para os desalojados, recolhendo alimentos, remédios, tendas e roupas adequadas
para enfrentar o Inverno.
O sismo de 8 de Outubro, que atingiu uma magnitude de 7,6 na escala aberta de Richter,
provocou, só no Paquistão, 41.000 mortos e 67.000 feridos, segundo o último balanço
oficial.