SÍNODO: HOJE À TARDE A DISCUSSÃO SOBRE A MENSAGEM SINODAL AO POVO DE DEUS
Cidade do Vaticano, 14 out (RV) - Os trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a
Eucaristia prosseguiram esta manhã, no Vaticano, nos círculos menores, cujos relatórios
foram apresentados esta tarde, na Sala do Sínodo, durante a 17ª congregação geral.
Amanhã pela manhã, terá início a discussão sobre o teor da mensagem que os
padres sinodais dirigirão ao Povo de Deus. O Sínodo concluir-se-á no próximo domingo,
dia 23, com uma solene celebração eucarística presidida por Bento XVI, na Basílica
de São Pedro.
A congregação geral desta tarde abriu-se, após a oração inicial,
na presença de Bento XVI, com a apresentação, em plenário, dos relatórios dos grupos
menores.
Até às 18h apresentaram-se os relatores de 9 grupos: 3 de língua inglesa,
3 de língua espanhola, 2 de língua francesa e 1 de língua alemã.
Os grupos
discutiram as questões apresentadas a partir do Relatório que fora apresentado na
quarta-feira pelo Cardeal Angelo Scola, Patriarca de Veneza.
As propostas oferecidas
são muitas, bem variadas: o significado e o valor do ministério sacerdotal para a
Eucaristia; o valor do celibato sacerdotal na Igreja latina; a necessidade de rezar
pelas vocações sacerdotais; e uma melhor distribuição do clero na Igreja.
Os
grupos falaram também e em uníssono, sobre a fé dos fiéis na presença real de Jesus
na Eucaristia. Ressaltaram que se devem assegurar todos os elementos inerentes à Eucaristia
(todos os aspectos e dimensões). E ainda: sobre a importância de uma catequese mais
acurada, e sobre a revalorização dos sacramentos da iniciação cristã, e a interdependência
entre Eucaristia e Penitência.
Não faltou ainda uma convergência na valorização
da celebração eucarística, como liturgia ligada à vida; e da devoção e adoração eucarística
sempre em referência à celebração da missa. Há um consenso na valorização do domingo
como "dia de Cristo", "dia dos homens" e "dia da Igreja".
A propósito da participação
de divorciados e recasados na Eucaristia, os padres sinodais consideram que não podem
ficar fora da celebração eucarística, mas convém que sejam orientados à comunhão espiritual.
Falou-se ainda da agilização dos tribunais eclesiásticos para solucionar muitos dos
casos destes irmãos e irmãs recasados.
Os grupos falaram ainda, da necessidade
de os fiéis crescerem no compromisso social, para defender a vida humana e os valores
da família, da justiça, da solidariedade e da paz.
A eucaristia para os enfermos,
como alimento de imortalidade, é uma inesgotável fonte de uma cultura da vida. (RL-MZ)