SÍNODO: ARCEBISPO NIGERIANO DENUNCIA QUE RELIGIOSAS AFRICANAS SÃO EXPLORADAS NO NORTE
DO MUNDO
Abuja, 14 out (RV) - Uma grave acusação dirigida à sociedade ocidental, mas
que toca também a Igreja, foi feita por Dom Felix Alaba Adeosin Job, Arcebispo de
Ibadan, Nigéria.
Em sua intervenção, entregue por escrito aos padres sinodais
reunidos no Vaticano, Dom Adeosin Job recorda a situação de exploração a que se acham
submetidas as jovens religiosas africanas trazidas para a Europa ou levadas para a
América do Norte.
Em sua intervenção, o Arcebispo abordou o tema dos sacerdotes
imigrantes: "O Sínodo _ explicou _ deve também perguntar aos bispos e aos superiores
se devem enviar seus presbíteros a Institutos fora da sua diocese, sem informar o
bispo que os recebe e fazer os devidos acordos."
Nesse quadro "o cuidado com
as imigrantes religiosas é ainda mais complexo e merece maior atenção" _ precisou.
"A vida consagrada é um testemunho de Cristo na Igreja _ prosseguiu o Arcebispo africano
_ e sua presença é uma bênção para a Igreja local."
"Os religiosos, entretanto
_ acrescentou ele _ não devem residir numa Igreja local sem a autorização escrita
do ordinário local. Nestes tempos, a diminuição do número de vocações no velho mundo
aliado ao desejo de sobrevivência e de continuidade, levou a Igreja na Europa e América
do Norte a recrutar, de modo indiscriminado, as jovens mulheres nos territórios de
missão."
"Essas jovens _ explica ainda o Arcebispo _ acabam perdendo suas raízes
culturais e suas tradições e, transplantadas para a Europa e América do Norte, freqüentemente
são absorvidas pela cultura e costumes locais, sendo depois, expulsas dos Institutos
a que pertencem. Inevitavelmente, muitas delas acabam vítimas das pessoas e das situações."
(MZ)