2005-10-13 12:58:30

Intervenção do bispo de Hong Kong no Sinodo: os católicos chineses estão unidos


O Bispo de Hong Kong, D. Joseph Zen Ze-Kiun, sublinhou nesta quarta feira no Sínodo dos Bispos que as duas Igrejas Católicas na China – a “oficial”, ligada ao regime comunista, e a “Clandestina”, ligada à Santa Sé – estão “unidas na fé”, declarando que elas formam, de facto, “uma só Igreja”.
“Todos querem estar unidos ao Papa”, assegurou D. Zen, uma das figuras mais respeitadas pelos católicos do país. O prelado agradeceu ainda a “magnanimidade” do Papa, que “legitimou a grande maioria dos Bispos clandestinos”.
Para o Bispo de Hong Kong, a normalização da situação depende da vontade de elementos “conservadores” no interior da Associação Patriótica Católica, reconhecida pelo governo, que oferecem resistência a um entendimento entre a China e a Santa Sé.
“O convite do Santo Padre a quatro Bispos para este Sínodo era uma boa oportunidade, mas parece que foi, infelizmente, desperdiçada”, lamentou.
Já segunda-feira o Bispo de Taiwan, D. Lin-Chi-Nan, fora brindado pela assembleia sinodal com uma salva de palmas. O prelado apontou o dedo às “enormes dificuldades na pastoral da evangelização” na China. Após indicar que o número de católicos na China continua a crescer, D. Lin-Chi-Nan advertiu para “a falta de liberdade religiosa, por causa da qual a Igreja corre o risco de dividir-se”.
Além da questão chinesa, esta quarta feira ficou marcada pela intervenção do Cardeal George Pell, Arcebispo de Sydney, sobre o tema do celibato sacerdotal, considerando que seria um erro “desvalorizar esta antiga tradição”, algo que não resolveria, do seu ponto de vista, “o declínio de vocações”. O Cardeal Pell pediu ainda que o Sínodo fale com clareza do papel dos ministros especiais da Eucaristia, que a presidem na ausência de padres, para marca as diferenças existentes.
O Superior Geral da Congregação da Paixão de Jesus Cristo pediu, por seu turno “mais espaço às mulheres na Igreja e na Liturgia”. O Pe. Ottaviano D’Egidio deu como exemplo a figura de Maria, que João Paulo II definiu como “mulher eucarística”.







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