SÍNODO: BISPO DE HONG KONG AFIRMA QUE IGREJA CATÓLICA NA CHINA "É UMA SÓ"
Cidade do Vaticano, 12 out (RV) - A Igreja Católica na China, tradicionalmente
dividida entre "oficial", reconhecida pelo governo e Pequim, e "clandestina", que
recusa os ditames do Partido Comunista e permanece fiel ao Papa e à Igreja de Roma,
é, na verdade, uma única Igreja, porque todos querem estar unidos ao Papa e porque
a maior parte dos bispos nomeados pelo PC, foram legitimados pela magnanimidade do
Papa.
Foi o que disse o Bispo de Hong Kong, Dom Joseph Zen Ze-kiun, à assembléia
sinodal reunida no Vaticano. A informação não é uma novidade: há tempos se sabia que
os bispos chineses haviam sido legitimados pelo Santo Padre, mas Dom Ze-kiun confirmou
essa legitimação. Os bispos "oficiais", escolhidos pelo PC chinês, haviam sido validamente
ordenados, mas se encontravam privados da comunhão com Roma, porque não fora feita
a solicitação da autorização pontifícia, para que eles recebessem a ordenação episcopal.
Agora,
se espera que o governo chinês chegue à normalização da situação, "embora _ observou
o Bispo _ os elementos conservadores existentes no seio da Igreja "oficial" oponham
resistência, por óbvios motivos de interesse".
O convite do Papa para que quatro
bispos chineses participassem do Sínodo era uma boa oportunidade para que se pudesse
chegar a tal normalização, "mas foi subestimada" _ ressaltou Dom Ze-kiun. (AF)