2005-10-12 18:52:17

Bispos da UE alertados com as tragédias nas fronteiras entre Marrocos e Espanha


A Comissão dos Episcopados da UE (COMECE) considera como “abusos chocantes em matéria de direitos do homem” os recentes acontecimentos com imigrantes, nas fronteiras entre Marrocos e Espanha, que provocaram numerosas vítimas.
“Abater pessoas não armadas nas fronteiras da UE é deplorável e deve ser conduzido um inquérito judicial aprofundado, a fim de examinar os acontecimentos”, dizem os prelados.
O organismo episcopal revela o conteúdo de uma carta assinada pelas seis organizações que trabalham no âmbito das migrações e do direito de asilo (Cáritas Europa, Comissões eclesiais dos Migrantes na Europa, COMECE, Serviço Jesuíta aos Refugiados, Conselho Quaker para os Assuntos Europeus). A missiva sublinha “a situação cada vez mais desconfortável com a qual se confrontam os homens e mulheres migrantes ou que pedem asilo, quando tentam entrar no território da UE”.
A carta reafirma “a dignidade inalienável de todos os seres humanos, com os consequentes direitos humanos que daí derivam”.
“A UE tem o dever de respeitar tais direitos, em particular no momento em que negoceia acordos de readmissão com um terceiro país ou quando reforça as alianças com países de trânsito ou origem”, alertam.
A COMECE defende que as pessoas que tentam entrar ilegalmente na UE “não devem ser criminalizadas”.
Já ontem, a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) pronunciara-se sobre a morte de imigrantes africanos que tentavam entrar em território espanhol na cidade autónoma da Ceuta (Marrocos) e considerou que "nada pode justificar a morte de quem tenta cruzar uma fronteira". Através de uma nota da Comissão Episcopal de Migrações, os bispos pediram que sejam procurados meios "legítimos e proporcionais" para impedir o cruzamento ilegal da fronteira marroquino-espanhola.







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