2005-10-11 13:01:53

Relatório da ONU sobre a emigração: o drama dos irregulares


Cerca de 500 mil imigrantes ilegais chegam todos os anos à Europa, onde vivem cerca de 56 milhões de estrangeiros, revela um relatório da Comissão Mundial sobre as Migrações Internacionais (CMMI
De acordo com o documento da comissão das Nações Unidas, dos 56 milhões de imigrantes pelo menos cinco milhões (dez por cento) encontram-se em situação irregular.
O documento adianta igualmente que nos Estados Unidos vivem cerca de 10 milhões de ilegais.
O relatório, que faz um balanço dos dois anos de actividade da CMMI , refere que três por cento da população mundial é imigrante e aponta para a existência de cerca de 200 milhões de imigrantes em todos os países do mundo, o equivalente à população do Brasil.
Quase metade (48,6 por cento) da população imigrante é constituída por mulheres, que opta na sua maioria por viver em países desenvolvidos.
Depois da Europa, que acolhe cerca de 56 milhões de imigrantes, é nos Estados Unidos onde reside o maior número de estrangeiros: 35 milhões.
As Nações Unidas chamam a atenção para a importância da imigração para o impacto demográfico, sublinhando que sem os imigrantes a população na Europa tinha sofrido um decréscimo, entre 1995 e 2000, de mais de quatro milhões de pessoas.
O mesmo documento das Nações UNidas sublinha que entre 600 a 800 mil pessoas são traficadas anualmente, um negócio que rende aos traficantes cerca 82 biliões de euros em cada ano.
Por outro lado, o relatório refere que a diáspora chinesa está estimada em 35 milhões de pessoas, a diáspora indiana em 20 milhões e a diáspora filipina em sete milhões.
O documento da ONU da Comissão Mundial sobre as Migrações Internacionais destaca ainda o enorme contributo dos imigrantes na economia mundial ao apontar dados do Banco Mundial que realçam os 240 biliões de dólares (cerca de 200 biliões de euros) gerados pelas remessas.
A CMMI apela às organizações internacionais relacionadas com a migração, nomeadamente o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, o Banco Mundial e a Organização Internacional das Migrações, para que criem condições no sentido de se eliminar os mitos em torno da imigração.







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